Em um mundo cada vez mais digital, é natural que as empresas invistam em infraestruturas de TI robustas. Nesse cenário, torna-se essencial encontrar formas de lidar com falhas de sistemas para garantir a continuidade dos negócios mesmo em situações de crise.
O Disaster Recovery, ou recuperação de desastres, surge como uma solução estratégica para proteger suas operações contra interrupções imprevistas, sejam elas causadas por falhas tecnológicas, humanas ou até mesmo por desastres naturais.
Quer saber como funciona esse conceito e como ele ajuda você a enfrentar desafios e minimizar impactos no seu negócio? É só seguir a leitura deste conteúdo!
O que é Disaster Recovery?
Disaster Recovery é um termo inglês que pode ser traduzido como recuperação de desastres. Ele se refere ao conjunto de estratégias e procedimentos adotados por uma empresa para garantir a continuidade dos serviços após um evento disruptivo.
Esse conceito abrange a recuperação de dados, sistemas e operações críticas que podem ser afetados por incidentes como falhas de hardware, ataques cibernéticos ou desastres naturais.
Também conhecida pela sigla DR, essa abordagem tem como objetivo minimizar o impacto desses eventos, permitindo que a empresa retome suas atividades normais o mais rápido possível.
Para isso, a DR funciona por meio de um plano estruturado que inclui etapas como a identificação de riscos, a criação de backups regulares e a definição de processos para restaurar sistemas críticos.
Essencialmente, esse plano deve atuar tanto na prevenção quanto na identificação de riscos, assim como na correção de problemas.
Caso algum imprevisto aconteça, esse plano é ativado para garantir a recuperação rápida de dados e operações vitais para o funcionamento da empresa.
Por que as empresas buscam essa solução?
O principal motivo para desenvolver um plano de Disaster Recovery é mitigar riscos que possam causar interrupções significativas e atrapalhar o andamento da operação.
Com o crescimento de soluções em nuvem e digitalização de processos, aumentam também alguns riscos para as organizações.
Embora esses passos sejam importantes para a otimização dos negócios, uma interrupção não planejada causada por problemas como queda de energia, ataques virtuais ou falhas humanas, podem ter impactos negativos na empresa.
Além de evitar a perda de receita causada pela pausa nas atividades, a DR também ajuda na proteção de dados, fator essencial em um cenário no qual o índice de ataques cibernéticos ainda é elevado.
Segundo o relatório “The State of Ransomware 2024”, elaborado pela Sophos, 44% das empresas brasileiras respondentes sofreram ciberataques em 2023.
Entre os casos, 32% dos ataques resultaram de uma vulnerabilidade não corrigida. Nessas situações, as organizações relataram um processo de recuperação mais lento (45% demoraram mais de um mês) e mais caro (cerca de US$3 milhões).
Com um plano de recuperação de desastres, esses custos poderiam ser reduzidos, e a volta à atividade seria muito mais ágil – além da possibilidade de identificar e corrigir vulnerabilidades antecipadamente.
Muito além disso, a segurança é um fator essencial de conformidade regulatória, especialmente com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em vigor.
Benefícios da Recuperação de Desastre em TI
Implementar um plano de recuperação de desastre em TI traz diversos benefícios que vão além da continuidade operacional em momentos de crise.
A DR não só protege a empresa contra falhas e incidentes, como também garante ganhos estratégicos que contribuem para o sucesso da empresa a longo prazo.
Separamos algumas das principais vantagens desse plano para compartilhar com você, confira a seguir.
Aumento da segurança
Com um plano de Disaster Recovery bem estruturado, a sua empresa consegue fortalecer a segurança digital e ampliar a proteção contra ataques cibernéticos.
Dessa forma, em caso de falhas ou invasões de sistemas, os dados são rapidamente restaurados. Isso evita perdas permanentes de informações importantes ou o vazamento de dados sensíveis e confidenciais.
Redução de custos
A economia é outro grande benefício da DR, especialmente a longo prazo. Isso porque o planejamento antecipado permite que você invista de forma inteligente em soluções adequadas e assim evite gastos emergenciais e mais caros após incidentes.
Outra contribuição do plano para a economia da empresa é justamente a sua reação rápida diante de momentos de crise: ao minimizar o tempo de inatividade, é possível reduzir os custos operacionais relacionados a pausas não planejadas.
Retenção de clientes
A disponibilidade contínua de serviços e a proteção de dados sensíveis são fatores que aumentam a credibilidade de qualquer empresa no mercado.
Diante disso, empresas que conseguem se recuperar rapidamente de desastres tecnológicos e não têm impactos significativos na operação (como vazamento de dados) reforçam a confiança de seus clientes.
Além de contribuir para a relação de confiança, essa recuperação rápida também fortalece a imagem da marca no mercado ao transmitir segurança e estabilidade.
Escalabilidade
As soluções de recuperação são desenvolvidas para se adaptar ao crescimento do negócio. Tudo é pensado para que os mecanismos de proteção e recuperação acompanhem as movimentações da empresa.
Isso significa que, mesmo com um aumento no volume de dados, na complexidade dos sistemas ou expansão da operação de maneira geral, o plano permanece eficiente e confiável.
Dessa maneira, a recuperação de desastres também permite que a empresa cresça de forma sustentável.
O que considerar ao elaborar um plano de Disaster Recovery?
Antes de elaborar o seu plano de recuperação de desastres, é importante adaptá-lo para as necessidades do seu negócio, além de considerar alguns fatores para garantir a eficiência das ações.
Destacamos os principais pontos a serem considerados, confira:
- Análise de riscos: avalie a vulnerabilidade dos sistemas atuais da empresa, defina os dados críticos que precisam de maior proteção e identifique possíveis cenários de desastre, como falhas de hardware ou ataques;
- Prioridade de recuperação: para garantir uma recuperação ágil e eficiente, estabeleça uma hierarquia de prioridade, determinando quais sistemas e dados são mais essenciais para a operação e devem ser recuperados primeiro;
- Backup e redundância: é importante manter cópias atualizadas e seguras dos dados em diferentes locais, preferencialmente com armazenamento na nuvem para assegurar a acessibilidade fácil e proteção em casos de falhas ou desastres;
- Responsabilidade da equipe: para facilitar a execução do plano de recuperação e garantir a agilidade de resposta em casos de crise, é necessário definir previamente e de forma clara as responsabilidades de cada membro da equipe de TI e outras áreas envolvidas.
Como montar um plano de Disaster Recovery?
Com os primeiros passos caminhados, é hora de desenhar o seu plano de Disaster Recovery. Destacamos as principais etapas do processo a seguir.
Mapeamento de infraestruturas e aplicações
Para facilitar a definição de prioridades e ter maior controle sobre os sistemas, é importante criar um inventário detalhado da infraestrutura de TI. Ele deve incluir uma lista de servidores, aplicativos, redes e sistemas críticos.
Estabelecimento de RPO e RTO
No plano de recuperação de desastres, existem dois conceitos importantes: o RPO (objetivo do ponto de recuperação) e o RTO (objetivo do tempo de recuperação).
O RPO define o quanto de dados a empresa está disposta a perder (em termos de tempo entre backups), enquanto o RTO determina quanto tempo um sistema pode ficar fora do ar antes de impactar negativamente o negócio.
Eles servem como métricas para desenhar um plano mais assertivo. Por isso, analise os dois fatores e determine padrões de acordo com a realidade da sua empresa.
Definição de planos de comunicação
Momentos de crise exigem respostas rápidas e o maior nível de organização possível para que tudo flua conforme planejado e o problema afete minimamente a operação.
Por isso, é essencial desenvolver um plano de comunicação detalhado para informar rapidamente as partes interessadas, como a equipe interna, clientes e parceiros, em caso de um desastre.
Isso ajuda a reduzir o caos durante o processo de recuperação e facilita a execução do plano.
Criação de processos de recuperação e testes
Para uma execução bem sucedida, lembre-se de documentar todas as ações de recuperação necessárias.
Desenvolva procedimentos claros para restaurar sistemas e dados, além de detalhar as prioridades.
Outro passo importante é realizar testes regulares. O objetivo de um teste de Disaster Recovery é garantir que o plano funcione conforme o esperado, bem como identificar necessidades de ajustes.
TOTVS Cloud
Imagine reduzir em até 42% os gastos com infraestrutura, licenciamento e gestão de sistemas, tudo isso com uma solução 100% na nuvem.
Isso é possível com a TOTVS Cloud, que permite o gerenciamento e integração de todos os sistemas da sua empresa em nuvem.
Como mencionamos, armazenar os dados e sistemas na nuvem é um passo importante para ampliar a cibersegurança e garantir um plano de recuperação de desastres eficiente.
Além de ajudar com esse armazenamento, a TOTVS Cloud agora também conta com oferta de Disaster Recovery para simplificar e otimizar ainda mais o seu plano, garantindo ações rápidas em caso de crise.
A funcionalidade está disponível no modelo PaaS e é uma grande aliada na construção do seu Plano de Continuidade de Negócios.
Com o DR da TOTVS, você tem um RPO (Recovery Point Objective – Intervalo máximo da replicação dos dados entre Data Centers) de 15 minutos e garante a continuidade da operação mesmo em casos de ciberataques ou desastres naturais, por exemplo.
Aproveite para conhecer os benefícios da TOTVS Cloud no modelo PaaS
Conclusão
Como vimos ao longo deste conteúdo, além de proteger os dados e a infraestrutura de TI, a recuperação de desastres contribui diretamente para a segurança, retenção de clientes e otimização de recursos na empresa.
Se preparar para situações críticas confere uma grande vantagem competitiva ao negócio, que demonstra estabilidade, resiliência e comprometimento com a continuidade das operações.
Isso aumenta a confiança dos clientes e até mesmo de investidores na empresa.
Para descobrir como aumentar ainda mais a segurança do seu negócio, não deixe de conferir nosso conteúdo sobre governança de dados.
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