Guia do ESG: o que é, princípios, investimentos e muito mais!

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 03 outubro, 2024

O acrônimo ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, refere-se a uma grande tendência e uma necessária resposta das empresas frente aos desafios da sociedade contemporânea.

É uma sigla que diz respeito à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das empresas.

Na prática, é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o mercado em que atuam, seus consumidores, fornecedores, colaboradores e seus investidores.

E você já ouviu falar no Índice Ambiental, Social e Governança? E como essa agenda tem sido cada vez mais relevante na pauta da sociedade, dos conselhos de administração das empresas, na transformação dos negócios e vem influenciando as tomadas de decisões de investidores por todo o mundo?

Neste conteúdo, vamos te ensinar tudo sobre o ESG em um verdadeiro guia completo sobre o tema. É só continuar a leitura! 

O que é ESG?

ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Trata-se de uma forma de medir o desempenho de sustentabilidade de uma organização.

A sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento:

  • Environmental (meio ambiente);
  • Social;
  • Governance (governança).

Eles são utilizados como critérios para entender se uma empresa possui sustentabilidade empresarial, ampliando a perspectiva de análise do negócio para além das métricas financeiras.

Ou seja, busca-se mensurar se a empresa é realmente uma opção viável de investimentos sustentáveis, capazes (e engajados) de gerar impactos positivos financeiros, sociais e ambientais.

Desse modo, a incorporação do Environmental, Social and Governance à estratégia e modelo de negócios das organizações reitera a máxima de que propósito e lucro são indissociáveis.

Trata-se de validar que uma empresa tenha consciência sobre o seu papel enquanto empregadora e agente social.

O Ambiental, Social e Governança serve como um balizador para atestar que a organização possui a compreensão da influência que ela exerce. Além do impacto positivo ou negativo e do valor compartilhado que ela pode gerar por meio dos seus negócios perante todo o seu ecossistema de relacionamento.

Como exemplo, o Gerente Executivo de Relações e Investimentos na TOTVS, Sergio Serio Filho, em entrevista para o DCD>Talks, explica como as empresas devem encarar o ESG em sua rotina enquanto negócio.

Para Sergio Serio, o olhar da empresa não deve ser direcionado somente ao âmbito interno, exclusivo às operações da empresa; deve ser integrativo.

“A empresa evolui nessa temática [ESG] à medida que ela começa a exercitar um olhar multi-stakeholder, de como ela impacta e como é impactada. Trazendo um olhar para toda a sua cadeia, todo o seu ecossistema”

Para ilustrar, Sergio Serio traz como exemplo a postura da TOTVS frente às políticas de Environmental, Social and Governance. Apesar de apresentar uma pegada de carbono reduzida, natural a uma empresa de software, a TOTVS compreende que:

“A nossa preocupação não é somente o que eu impacto, mas o que meu ecossistema impacta. E isso abre uma perspectiva muito mais ampla. Ou seja, como a gente, como empresa de software ERP, tendo um datacenter próprio e oferecendo soluções de cloud, como nós ajudamos nosso cliente a melhorar o resultado dele através do ESG.”

Ou seja, o conjunto de padrões e boas práticas que definem o grau de maturação e consciência da empresa em relação aos aspectos de sustentabilidade também deve ser encarado de maneira ampla, integrativa e multidimensional.

Para entendermos a fundo cada aspecto do ESG, a seguir exploramos quais são os seus princípios, origem e práticas de investimento.

Quais os princípios ESG?

 

Como ficou evidente, o índice é norteado por três princípios básicos. Que tal entender cada um em detalhes? Confira:

Ambiental

O critério ambiental inclui exigências nesse campo, como:

  • Gestão de resíduos;
  • Política de desmatamento (caso aplicável);
  • Uso de fontes de energia renováveis pela empresa;
  • Posicionamento da empresa em relação a questões de mudanças climáticas.

Além disso, o critério ambiental pode também se estender ao controle exercido pela empresa em terras que possui, se há ações para melhorar e preservar a biodiversidade, por exemplo.

Social

Quando falamos dos critérios sociais, abrimos um leque muito grande de questões a serem consideradas.

Para os investidores, por exemplo, é essencial entender como a empresa preza pelo bem-estar dos funcionários.

Entre os pontos analisados pelos investidores e pelos gestores de fundos de investimentos, incluem-se:

  • Qual a taxa de turnover?
  • Há algum tipo de plano de previdência para os funcionários?
  • Qual o nível de envolvimento dos funcionários com a gestão da empresa?
  • Quais os benefícios e vantagens oferecidos aos funcionários, além do salário?
  • O salário do funcionário é justo — em relação aos praticados dentro da empresa e também em relação ao mercado?

No eixo Social encontra-se também a relação com fornecedores. Por isso, é importante avaliá-los do ponto de vista dos critérios em ESG em relação a trabalho infantil, trabalho escravo, atuação em áreas desmatadas ou queimadas, e promover a transparência na relação. 

Governança

O aspecto governança foca em como uma empresa é administrada pelos gestores e diretores.

Nesse caso, o Environmental, Social and Governance busca entender se a gestão executiva e o conselho administrativo atendem aos interesses das várias partes da empresa — funcionários, acionistas e clientes.

Além disso, há outras questões avaliadas, como:

  • transparência financeira e contábil;
  • relatórios financeiros completos e honestos;
  • remuneração dos acionistas.

Além disso, busca-se entender se essa remuneração está atrelada aos aspectos do índice e vinculada ao valor de longo prazo, a viabilidade e a lucratividade da empresa.

Como e quando surgiu o ESG?

Para entender o que é ESG, é interessante compreender as raízes desse conceito. Existe uma linha do tempo que podemos explorar sobre o tema, que tem início há mais de 50 anos, nos anos 1970.

Nessa época, começaram a aparecer os primeiros investimentos motivados por crenças religiosas e de estilo de vida por volta de 1970.

Um dos motivadores foi a Guerra do Vietnã, que ocorreu no final dos anos 60, e que não possuía tanto apoio da população americana — que se opunha ao governo.

Esse senso moral guiou alguns investidores e também empresas durante décadas. Foi em 2004, porém, que o Environmental, Social and Governance tomou forma.

Neste ano, o termo foi citado em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, intitulado “Who Cares Wins” (que traduzido pode ser lido como “Quem se importa, ganha“).

Já em 2007, surgiram os green bonds, títulos emitidos com objetivo de captar recursos para promover a melhoria ambiental. Hoje, os critérios Ambiental, Social e Governança avançam globalmente e apontam para um caminho sem volta no mundo dos investimentos.

Como exemplo, de acordo com dados da PwC, até 2025, cerca 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa serão ESG. Em valores, significa algo na casa dos 7,6 trilhões de euros.

O que são investimentos ESG?

O investimento Environmental, Social and Governance é uma forma de impulsionar os setores mais sustentáveis e ser um indutor de boas práticas de gestão corporativa. Isso proporciona oportunidade e reconhecimento para empresas que apresentem bons níveis de responsabilidade social, ambiental e de governança.

Assim, é possível promover o crescimento de organizações ativamente preocupadas em melhorar o mundo, o mercado e a vida de seus colaboradores.

A análise realizada por parte dos fundos de investimento e pelos seus investidores em seus portfólios não possui um framework padronizado.

Na verdade, cada fundo tem a liberdade de realizar essa leitura, de acordo com seus próprios parâmetros. Assim, é possível dar pesos diferentes — dependendo do tipo de fundo e do setor de negócio que está sendo avaliado.

O que é necessário para uma empresa ser ESG?

O primeiro ponto para uma empresa ser ranqueada dentro do índice ESG é estar listada na Bolsa de Valores ou, ao menos, no caminho para tal.

A pontuação é realizada por diversas agências, tanto comerciais quanto sem fins lucrativos.

Essas organizações realizam uma análise aprofundada das empresas, com base em dados básicos e especializados.

Além disso, as empresas precisam disponibilizar políticas voltadas para as diretrizes do índice e problemas enfrentados dentro dos mesmos tópicos.

Um dos sistemas de ranking mais utilizados por todo mundo é o MSCI ESG Score, que analisa o risco considerando 10 categorias ambientais, sociais e de governança.

Quais as vantagens de ser ESG para as empresas? 

Agora, vale mesmo aderir ao índice? Reunimos alguns dos principais benefícios, confira:

Redução de custos

Uma das principais vantagens de ter um forte desempenho do Environmental, Social and Governance é que ele pode ajudar a reduzir custos. Afinal, essas empresas são vistas como melhor administradas e mais eficientes.

Melhor reputação da empresa

Outra vantagem é que ela pode melhorar a reputação de uma empresa.

O motivo é que os consumidores e outros stakeholders estão cada vez mais interessados em apoiar as empresas que estão trabalhando para causar um impacto positivo.

Fidelização de clientes 

Além disso, o índice Ambiental, Social e Governança também pode levar ao aumento da fidelidade do cliente. Afinal, os clientes têm maior probabilidade de apoiar as empresas que compartilham seus valores.

É algo que pode elevar as vendas e a lucratividade no longo prazo.

Sustentabilidade e transparência

Organizações comprometidas com o ESG são frequentemente mais transparentes sobre suas operações.

Elas também são mais propensas a ter políticas que protejam o meio ambiente e promovam a responsabilidade social.

Como resultado, essas empresas são vistas como mais sustentáveis em geral.

Segurança para o investidor 

O Environmental, Social and Governance é encarado como uma forma mais segura de investimento.

Afinal, como já mencionamos, empresas com pontuações fortes no índice tendem a ser melhor gerenciadas e com estruturas de governança mais resilientes.

Linhas de crédito especiais 

Muitos bancos e instituições financeiras estão agora oferecendo linhas de crédito especiais para empresas com boa classificação Ambiental, Social e de Governança.

O motivo é que elas são vistas como sendo de menor risco e mais propensas a pagar suas dívidas.

Maior competitividade 

Organizações com alta classificação Environmental, Social and Governance são frequentemente mais competitivas.

A razão é que elas são capazes de atrair e reter os melhores talentos. Elas também são vistas como sendo mais inovadoras de modo geral, bem como capazes de investir em novas tecnologias e métodos de gestão e operação.

Como é o cenário de investimentos ESG no Brasil?

No Brasil, o ESG ainda não é uma unanimidade e ainda não tem a mesma relevância que tem na Europa, por exemplo. No entanto, o cenário é positivo e o tema cada vez mais ganha tração entre os gestores de ativos brasileiros.

Há uma demanda no mercado por aplicações mais responsáveis que vem servindo como estímulo para o aprimoramento e desenvolvimento sustentável de boas práticas no mercado.

Podemos perceber um maior engajamento dos investidores e importantes fundos de gestão globais cobrando um posicionamento mais concreto em relação às diversas temáticas de Ambiental, Social e Governança. Entre elas:

  • diversidade;
  • inclusão e equidade;
  • mudanças climáticas;
  • governança, ética e integridade nas relações;
  • qualidade de vida dos colaboradores.

No setor privado, as iniciativas estão sendo colocadas em prática aos poucos.

As grandes e médias empresas entendem que as questões relacionadas às mudanças climáticas, diversidade, compliance, precisam ser implantadas e disseminadas com urgência. Por isso, muitos são os projetos nesta direção.

Tendo em vista este cenário, a TOTVS em parceria com a Attest ESG realizou um estudo aprofundado sobre a adoção de medidas e práticas de Environmental, Social and Governance em empresas brasileiras do mercado de bens de consumo.

Os dados analisados indicam um cenário de compreensão da necessidade da implementação de políticas ESG. No entanto, o estudo também identificou um contexto não acompanhado por instrumentos de análise e rastreamento do potencial de risco.

Desse modo, sinalizando a necessidade de ênfase em medidas de rastreamento de risco por meio de ações mais sustentáveis, essencialmente fundamentadas em soluções digitais em uma agenda contínua de investimentos.

Ou seja, o mercado brasileiro em Environmental, Social and Governance pode ser lido como em passível de expansão, dada a identificação de uma tendência na necessidade de investimento sólidos e contínuos realizados por parte das empresas.

Como funcionam os investimentos ESG?

Os investimentos funcionam como via de mão-dupla no mercado financeiro.

Ao mesmo tempo que sua existência impõe certa pressão para que as empresas de capital aberto se preocupem com fatores além do lucro, também serve de ponteiro para direcionar os investimentos dos acionistas.

Um exemplo da dimensão que o ESG vem tomando pode ser demonstrado em números: de acordo com a Forbes, existem mais de 500 fundos de índice focados em sustentabilidade apenas nos EUA, com mais de US$250 bilhões em ativos.

Em paralelo, de acordo com o levantamento de dados e análises realizada pela Bloomberg, o mercado ESG alcançará, em 2025, a casa dos US$50 trilhões em ativos.

Qual a importância de investimentos ESG?

Os investimentos ESG assumem um papel cada vez mais fundamental no mercado financeiro — com impactos positivos em todo mundo.

São vários fatores que apontam isso, como as constantes e cada vez mais rápidas mudanças culturais, comportamentais e econômicas.

Trata-se de mudanças que alteram as regras sociais e que transformam as relações entre pessoas, empresas e tecnologias de forma significativa, alterando a lógica do mercado de investimentos.

Para a economia

Há alguns estudos que sugerem que empresas bem alinhadas ao índice superam aquelas sem tais classificações.

Por exemplo, o MSCI descobriu que durante um período de 10 anos, organizações com maiores classificações Environmental, Social and Governance tiveram retornos 2,5% maiores do que aquelas sem tais classificações.

Uma das principais razões é que esses negócios tendem a ser bem gerenciados e contar com fortes estruturas de governança, o que leva a uma melhor tomada de decisão e desempenho geral.

Além disso, essas empresas frequentemente têm melhores relacionamentos com seus funcionários, clientes e outras partes interessadas importantes. O que, por si só, causa uma maior produtividade, menor rotatividade e maiores vendas.

Nova call to action

Para o planeta 

A abordagem permite aos investidores alinhar seus valores com seus portfólios e apoiar empresas que estão trabalhando para causar um impacto positivo.

Por exemplo, um investidor pode escolher investir em uma empresa com fortes relações com funcionários ou que esteja trabalhando para reduzir sua pegada de carbono.

Quais são as características dos fundos de investimento ESG?

As principais características dos fundos de investimentos atrelados ao índice estão ligadas aos critérios adotados para análise de tomada de decisão de investimento, que costumam incorporar métricas para além dos aspectos econômicos e financeiros.

Em geral, o investidor que opta por esse tipo de fundo quer impulsionar os setores mais sustentáveis, bem como ser um indutor de boas práticas de gestão corporativa.

O objetivo é contribuir com o melhor desenvolvimento do ambiente de negócios, de forma que o ESG sirva de ferramenta para análise comparativa da performance das empresas dentro desses três temas.

Já para a sociedade, o Ambiental, Social e Governança funciona como um espelho, dando mais visibilidade às ações das empresas, seus esforços e práticas de gestão ambiental, social e de governança.

Ele tem relação com o legado da sua empresa e a implementação da sua visão de futuro.

Em geral, as companhias comprometidas com a causa são empresas que:

  • conquistam e mais clientes;
  • retém os melhores talentos;
  • geram novas fontes de receita para o negócio;
  • atraem mais investimentos para projetos de longo prazo;
  • possuem marcas empregadoras mais fortes e atrativas;
  • possuem relações mais perenes e sólidas com as comunidades e seus stakeholders;
  • potencializam o engajamento da marca com públicos formadores de opinião em ESG.

Ainda assim, é possível destrinchar essas características a partir de três diferentes perspectivas:

Sustentabilidade

Investidores que buscam empresas antenadas no quesito ambiental, querem encontrar players com um modelo sustentável de negócio estabelecido.

De modo que não apenas contribua para o meio ambiente, mas que realmente atue de forma a melhorá-lo, com ações de prevenção.

Rentabilidade

Apesar de todo engajamento social e ambiental, uma das características dos investimentos é sua rentabilidade.

Afinal, há um jeito de empresas dedicadas à geração de valor muito além do lucro apresentarem ótimos resultados financeiros?

Os dados mostram que sim.

Um estudo da PwC prevê uma taxa de crescimento anual de 17% nos próximos cinco anos para o fundos de ações ESG, com projeção de aproximadamente US$ 20 trilhões até 2026.

Isso quer dizer que um fundo Ambiental, Social e Governança tem garantia de retornos? Como tudo no mundo dos investimentos, é impossível cravar isso.

No entanto, a história recente desse tipo de investimento mostra uma evolução promissora.

E essa é uma das características dos investimentos ESG, que buscam equilibrar as preocupações para além do aspecto financeiro — sem relegá-lo.

Volatilidade 

Naturalmente, empresas que investem em planos e ações mais sustentáveis costumam apresentar menor taxa de volatilidade.

Ou seja, a chance dessas empresas se envolverem em situações jurídicas motivadas por crimes ambientais ou descumprimento de legislações específicas ao tema é pequena.

Em outras palavras, embora todo o investimento tenha riscos, pode se dizer que o risco do investimento Ambiental, Social e Governança é possivelmente menor e/ou as empresas presentes nesse tipo de portfólio adotam práticas de governança e gestão diferenciadas no tema. 

Quais os principais índices de ESG na B3?

Com a ascensão dos seus critérios, o mercado criou alguns índices que filtram as organizações que realmente colocam essas melhorias em ação.

Na B3, existem alguns índices que buscam efetivamente reunir apenas as empresas que aplicam boas práticas e políticas de sustentabilidade, além de se posicionarem sobre questões sociais e que também investem em melhores ações de governança corporativa.

Confira os principais índices Ambiental, Social e Governança da bolsa:

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3)

O ISE B3 é uma das iniciativas pioneiras na América Latina e um dos primeiros índices criados no mundo para a perspectiva da sustentabilidade.

O índice é operado pela B3 e tem como base quatro pilares: eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.

Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT)

O IGCT B3 tem como objetivo reunir empresas mais engajadas com o pilar de governança corporativa.

Ou seja, players que efetivamente buscam melhorar sua gestão de modo a impactar positivamente a sociedade, seus acionistas, seus consumidores e colaboradores. Explore o EGCT B3!

Índice S&P/B3 Brasil ESG

Lançado em 2020 pela B3, o Índice S&P/B3 Brasil ESG reúne empresas que fazem parte do S&P Brazil BMI (Broad Market Index).

Para que a organização seja incluída, ela deve ser elegível para investimentos estrangeiros e não pode fazer parte do setor tabagista, carvoeiro ou armamentista. 

Além disso, precisam aderir ao Pacto Global estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Índice Carbono Eficiente (ICO2)

O ICO2 foi criado pela B3 em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de reunir empresas engajadas com questões de aquecimento global.

Normalmente, são empresas pertencentes à indústria e seus vários segmentos!

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Como investir em ESG? 

Ficou interessado no tema e quer colocar o seu dinheiro em empresas alinhadas às diretrizes do índice? Você pode escolher alguns caminhos, como:

ETFs 

Uma das maneiras mais fáceis de se investir em ESG é por meio de Fundos Negociados em Bolsa (ETFs). Eles são veículos de investimento que rastreiam um índice ou uma cesta de ativos sustentáveis.

A B3, a principal bolsa de valores do Brasil, faz a negociação de 3 ETFs que têm relação com a sustentabilidade:

  • ECOO11: resultado atrelado à performance do Índice Carbono Eficiente (ICO2);
  • GOVE11: rentabilidade atrelada ao Índice Governança Corporativa Trade (IGCT);
  • ISUS11: atrelado ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

Empresas ESG 

Naturalmente, você também pode optar por investir de forma direta em empresas que são líderes no índice, comprando ações destas organizações.

Hoje, existe o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que possui o nome de 48 empresas voluntárias para serem analisadas em relação às questões de meio ambiente, sociedade e governança.

Essas empresas assumem o compromisso de desenvolver atividades que evitem danos ambientais e promovam soluções que beneficiam o meio ambiente. Além disso, têm o foco na sustentabilidade.

Imagine que Natália tem uma empresa que procura reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, utiliza métodos de reciclagem e reutilização de materiais e faz parte das empresas do ISE, por exemplo. 

Ela é uma empresa ESG que está pensando em como a sustentabilidade pode contribuir para um mundo melhor.

Como saber se uma empresa é ESG? 

O primeiro passo é verificar se a empresa é signatária do Pacto Global da ONU. Esta é uma iniciativa da ONU que encoraja as empresas a adotarem práticas sustentáveis e responsáveis.

Além disso, você também pode verificar se a empresa está incluída em algum dos principais índices do ESG, como o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), Índice de Sustentabilidade (ISE) da B3 ou o índice FTSE4Good.

Você também pode olhar o site e o relatório anual da empresa para ver se ela revela algumas informações sobre suas políticas e desempenho Ambiental, Social e Governança.

Greenwashing e ESG: qual a relação? 

O termo “greenwashing” é aplicado nos casos em que uma empresa faz alegações falsas ou enganosas sobre seu desempenho ambiental.

O que pode ser feito por uma variedade de razões, tais como para melhorar a imagem da empresa ou para fazê-la parecer mais amiga do meio ambiente do que ela realmente é.

O greenwashing pode ter um impacto negativo na credibilidade do índice ESG, pois pode tornar difícil para os investidores identificar quais empresas estão realmente comprometidas com práticas sustentáveis.

Por esta razão, é importante estar ciente do potencial de greenwashing ao considerar qualquer investimento.

O que é preciso saber antes de investir em fundos ESG?

Na teoria, investir em fundos Ambiental, Social e Governança é uma ótima maneira de alinhar suas premissas com as do mercado, certo? Agora, na prática, isso pode realmente causar algum impacto?

Como os dados mostram, podem sim!

Ele é uma forma de incentivar empresas a mudarem suas atitudes em relação às questões ambientais, sociais e de governança.

Porém, antes de investir em um fundo Ambiental, Social e Governança, é preciso compreender as alternativas do mercado e como aportar seu dinheiro da melhor forma.

Algo que muitos especialistas recomendam é investir em ETFs, que são fundos ligados aos temas de sustentabilidade que já mencionamos no conteúdo.

Além disso, você pode buscar pelos índices apresentados acima, tendo a certeza que seu capital será bem investido e estará contribuindo para as causas corretas.

Gestão ESG by Deep

O campo de critérios ambientais, sociais e de governança está em constante evolução, com novas abordagens e soluções emergindo regularmente para atender às crescentes demandas por sustentabilidade e responsabilidade corporativa — e as finanças corporativas fazem parte disso.

A Gestão ESG by Deep é uma plataforma integrada da TOTVS que simplifica a agregação de dados dentro de sua organização, automatizando a coleta de indicadores relevantes. 

Esse sistema assegura a conformidade dos seus negócios com os requisitos regulatórios, seja em âmbito local, nacional ou global.

Assim, diminui diversos riscos, incluindo os operacionais, financeiros e comerciais, ao conectar-se diretamente ao seu ERP, sistemas existentes e planilhas. 

Com a Gestão ESG by Deep, você obtém dados padronizados e confiáveis, atualizados mensalmente, o que garante o cumprimento dos prazos de divulgação e previne possíveis penalidades à sua empresa.

Além disso, a plataforma aprimora a eficiência operacional e libera o tempo de suas equipes para focar em estratégias, minimizando a necessidade de recorrer a consultorias externas e reduzindo custos com auditorias.

Conheça ainda mais sobre o Gestão ESG by Deep!

Conclusão

Os investidores estão buscando construir novas carteiras de investimentos que visem melhor explorar as oportunidades que a sustentabilidade tem gerado. Com isso, mitigar os riscos advindos da volatilidade econômica, política e social.

Assim, cada vez mais investidores voltam seus olhares às empresas que fazem jus ao ESG e integram seus valores éticos para gerar valor em mais campos que apenas o financeiro.

Busca-se, portanto, fomentar uma cultura corporativa com propósito, que priorize seus stakeholders, seus consumidores, o mercado no qual atua, os colaboradores que fazem sua operação acontecer e a comunidade em que estão inseridos.

Cada vez mais, o ESG nas empresas, o aspecto Ambiental, Social e Governança se torna relevante para o mercado financeiro.

Neste conteúdo, você aprendeu tudo isso, conhecendo todos os aspectos, história, cenário atual e importância do ESG.

Agora, que tal continuar aprendendo ainda mais sobre o mercado e a correta gestão de negócios? É só ler outros conteúdos no blog da TOTVS! Recomendamos a leitura do artigo sobre sustentabilidade ambiental!o mercado e a correta gestão de negócios? É só ler outros conteúdos no blog da TOTVS! Recomendamos a leitura do artigo sobre sustentabilidade ambiental!

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