Você pode não saber o que é RFID, mas se você já usou um bilhete único de transporte público, ou se já pagou pedágio usando um equipamento do tipo “sem parar”, já teve contato com essa tecnologia.
De maneira resumida, o RFID é um recurso que permite a comunicação simples entre dispositivos que estão a uma certa distância, e as suas aplicações para a indústria de forma geral são incontáveis.
Desde dentro do chão de fábrica, até no controle de estoque, gestão da qualidade, gerenciamento do supply chain e mesmo segurança de itens dentro de um ponto de venda — para citar apenas alguns.
Mas qual a razão de tanto dinamismo na aplicação dessa tecnologia no mercado? Para isso, é preciso desvendar o RFID: o que é e como funciona, bem como sua importância atualmente e para o futuro.
E, então, que tal aprender? Neste guia completo, destrinchamos tudo sobre o Radio Frequency Identification (RFID), vantagens e desvantagens, exemplos e muito mais.
Boa leitura!
O que é RFID (Radio Frequency Identification)?
RFID, sigla para “Radio Frequency Identification”, significa “identificação por radiofrequência”. Objetos que usam essa tecnologia, como o bilhete único, têm etiquetas equipadas com chips capazes de identificá-los, rastreá-los e registrar dados.
Nesses chips, é possível ler e escrever informações remotamente usando equipamentos específicos.
A leitura ou escrita de informação nesses chips se dá, como o nome indica, por meio de ondas de rádio.
De certa forma, pode-se pensar nas tags de RFID como “códigos de barra” que permitem identificar objetos — muitas vezes, são tecnologias comparadas, só que sem a necessidade da identificação visual.
A grande vantagem dessa tecnologia é que, como ela se dá por meio de ondas eletromagnéticas, não é necessário que a tag esteja alinhada com o leitor para que a comunicação aconteça.
Dessa forma, as tags de RFID são mais confiáveis do que os códigos de barra para fins de controle e rastreamento.
Ao mesmo tempo, como as etiquetas são equipadas com chips passivos, ou seja, sem bateria, acabam sendo mais baratas de se implantar.
Aliás, essa implantação gera um custo inicial único, já que a manutenção do sistema é relativamente simples e pouco onerosa.
Como surgiu a tecnologia RFID?
A origem do RFID é algo que divide opiniões. A criação da tecnologia como conhecemos hoje data de 1983, pelo inventor americano Charles Walton, que teve sua primeira patente.
Vale ressaltar que o ano que mencionamos foi a primeira aparição do termo “RFID” em uma patente.
No entanto, Walton criou dispositivos com a tecnologia anos antes, como em 1973, com o identificador por radiofrequência portátil.
Agora, por que mencionamos que a origem divide opiniões?
É que uma das discussões existentes trata da criação da tecnologia de identificação por radiofrequência durante a Segunda Guerra Mundial.
Nesta época, Leon Theremin criou um instrumento musical revolucionário, o teremim, que ficou popular por gerar belas sinfonias sem a necessidade de contato físico, apenas com a interação do músico com um campo eletromagnético.
Separamos um ensaio em vídeo que explica em detalhes o funcionamento deste instrumento (em inglês), confira!
Além disso, há vários relatos e documentos que comprovam o uso do RFID como uma tecnologia de apoio para dispositivos de espionagem, utilizados especialmente ao longo da Guerra Fria.
Como funciona o RFID?
O RFID funciona com base em dois elementos: tags (que contêm os chips) e dispositivos de leitura. Esses últimos possuem antenas que enviam e recebem das tags sinais eletromagnéticos, assim identificando a mesma.
No caso das tags, o chip contém um número de série ou conjunto de dados que as identificam de maneira única.
Assim, uma vez que o objeto com uma tag RFID entra no perímetro de leitura da antena (que pode ser de centímetros a até 20 metros), ele envia sinais eletromagnéticos ao dispositivo, que é capaz de identificá-lo.
Esse tipo de tecnologia faz parte de uma guarda-chuva maior, chamado de Identificação Automática e Captura de Dados (AIDC).
Com ferramentas e métodos AIDC, é possível identificar itens, objetos e qualquer coisa que contenha uma tag, coletar dados sobre eles e enviar esses dados para um computador ou sistema de gestão.
Tudo isso com mínima ou nenhuma interação humana.
Como funcionam as antenas RFID?
As antenas RFID são tema de curiosidade pelo seu funcionamento, mas é interessante considerar que a tecnologia apenas funciona com os dois elementos que citamos antes, tags e dispositivos de leitura.
No entanto, quando falamos da forma que a tecnologia interage, é importante considerar a antena, o transceptor (que recebe o sinal) e o transponder (a tag, que envia o sinal).
O dispositivo de leitura nada mais é do que uma combinação dos dois primeiros: a antena e o transceptor.
Uma vez que a tag com o transponder entra no raio de alcance da antena, ele envia seu sinal único, capaz de identificar a tag.
Vale esclarecer que, para que essa identificação aconteça, a antena e a tag devem estar sintonizadas na mesma frequência.
Em geral, a tecnologia trabalha com base em três frequências: baixa, alta e ultra-alta. Mais adiante, vamos explorar o que diferencia cada uma delas, siga a leitura!
Como funciona o leitor RFID?
O leitor RFID é conhecido como o cérebro de todo sistema que utiliza essa tecnologia. Na prática, são dispositivos que transmitem e recebem ondas para se comunicar com as tags.
No mercado, é possível encontrar dois tipos de leitores: móveis e fixos.
Os leitores fixos normalmente são instalados em um lugar, como em paredes, mesas, portas, entre outros. Já os leitores móveis são dispositivos portáteis que permitem flexibilidade na leitura de etiquetas RFID e, ao mesmo tempo, podem se comunicar com um computador via Bluetooth.
Independente do tipo, os leitores cumprem uma função muito específica: traduzir os sinais recebidos em uma linguagem que humanos ou máquinas possam entender, como bytes ASCII.
Além disso, os leitores podem ter funções extras, como Entrada/Saída, efeitos sonoros (como uma buzina), efeitos luminosos (acender um alerta), entre outros.
Um exemplo disso são as lojas de roupas, que posicionam leitores RFID nas portas de seus estabelecimentos.
Assim, se alguém tentar roubar uma peça, que contém a etiqueta de radiofrequência, o sistema de alarme soa assim que a pessoa cruzar os leitores.
Tipos de etiquetas RFID
Ainda sobre o funcionamento da tecnologia de identificação por radiofrequência, é necessário entender os tipos de tags utilizadas. Hoje, o mercado conta com tags ativas, semipassivas e passivas.
Que tal entender tudo sobre cada uma dessas? Explicamos a seguir, confira:
Etiqueta ativa
As tags ativas têm sua própria fonte de energia, com alcance de leitura dos sinais emitidos partindo de 30 a mais de 100 metros.
Esse tipo de tag é utilizado por empresas que realizam o monitoramento de veículos, como mineradoras no local de exploração ou construtoras no canto de obras.
Dentre as vantagens, além do longo alcance de leitura, podemos mencionar:
- são leves;
- são pequenas;
- são facilmente acessíveis;
- são duradouras (mais de 20 anos);
Dentre os contras, podemos mencionar seu alto custo e as restrições logísticas por conta das baterias.
Além disso, sofrem de grande interferência de metais e líquidos.
Etiqueta semipassiva
No caso das etiquetas semipassivas, trata-se basicamente de um modelo intermediário entre a ativa e a passiva.
Ela possui maior capacidade de transmissão de dados e ainda permite utilizar leitores com potências menores.
Etiqueta passiva
Já as tags passivas não possuem fonte de energia própria, pelo contrário, é a energia eletromagnética do próprio leitor que a alimenta.
Isso limita a distância de leitura a, no máximo, 25 metros.
As etiquetas passivas são mais comuns em aplicações RFID do dia a dia, especialmente em armazéns, centros de distribuição e depósitos.
Entre os principais benefícios desse tipo, podemos mencionar:
- são baratas;
- são mais dinâmicas em uso;
- são de diferentes tamanhos;
- são capazes de transmitir altas taxas de dados;
Quando falamos em dinamismo, significa que esse tipo de etiqueta possibilita sua implantação em uma etiqueta adesiva ou no próprio objeto.
Entendendo a frequência das tags RFID
Por funcionar com sinais eletromagnéticos, a tecnologia RFID funciona com base em frequências — como rádios, que sintonizam em diferentes frequências de ondas.
No caso dos sistemas RFID, para que uma tag se comunique com uma antena, é necessário que ambos estejam na mesma frequência.
Mas quais as diferenças?
Bom, as baixas frequências giram em torno 125 KHz, alta frequência 13,56 MHz e ultra-alta ou UHF ficam entre 860 e 960 MHz.
Dependendo da aplicação, são utilizadas em micro-ondas com 2,45 GHz.
Sobre o alcance das etiquetas de acordo com sua frequência, podemos fazer a seguinte relação:
Ondas | Frequência | Alcance entre leitor e tag |
125Khz | Baixa (LF) | Alguns centímetros até 0,5 metros |
13,56Mhz | Alta (HF) | Até 1 metro |
860Mhz a 960Mhz | Ultra (UHF) | Até 12 metros |
2,45Ghz ou 5,8Ghz | Micro-ondas | Mais de 10 metros |
Esses valores tornam cada tipo de frequência útil para aplicações específicas.
Um exemplo são as tags de baixa frequência que, como mencionamos anteriormente, utilizam pouca energia e podem ser utilizadas em aplicações com alto volume de água, por exemplo.
Já as tags de alta frequência são úteis para objetos metálicos, com maior alcance de leitura.
E as tags UHF utilizam mais energia, mas também têm maior alcance que as outras e podem transferir dados mais rapidamente.
RFID: vantagens e desvantagens
Agora, quais as vantagens de aderir a essa tecnologia e utilizá-la em sua operação? Bom, é só olhar de forma mais atenta para o mercado que você verá uma infinidade de aplicações.
Tamanha popularidade quer dizer alguma coisa, concorda? De acordo com dados da Retail Dive, 52% das empresas estão aumentando os investimentos em sensores e demais ferramentas AIDC, incluindo a tecnologia RFID.
Os motivos têm relação com as vantagens que a tecnologia oferece, que tal entendê-los? Separamos os principais a seguir, veja só:
Otimização da gestão de estoque
A tecnologia RFID mudou a maneira que empresas gerenciam e controlam o estoque, especialmente no varejo.
Equipados com tags e dispositivos de leitura, as empresas têm maior precisão e confiabilidade nas movimentações em seu estoque, tornando o controle de unidades mais transparente.
Por exemplo, a tecnologia ajuda a transmitir informações específicas e em tempo real sobre níveis de estoque e seus detalhes, como quantidade, modelos, cor e tamanho.
É algo que contribui para um gerenciamento mais preciso dos produtos, melhorando o planejamento de compras e a previsão de demandas.
Outro ponto é a otimização do inventário, já que é possível digitalizar os produtos e registrá-los com maior agilidade em seu sistema, utilizando um leitor móvel.
Reduz as perdas e melhora suas práticas de prevenção
As perdas, furtos e problemas em produtos no estoque são um problema considerável, especialmente para o varejo. Só nos Estados Unidos, o valor das perdas ultrapassou os US$61 bilhões em 2019, de acordo com números da NRF.
Para superar os desafios de segurança, os varejistas estão recorrendo à tecnologia de leitura por radiofrequência para amenizar esses números.
Um dos exemplos mencionamos anteriormente, muito praticado em lojas de roupas.
A leitura por radiofrequência permite que você veja quais itens e a que horas foram roubados, seja no seu ponto de venda ou no próprio armazém e centro de distribuição.
Acelera o checkout
Passar pelo caixa é uma experiência controversa. Para muitos clientes, uma incomodação. Para muitos varejos, um gargalo em sua operação.
Afinal, não é fácil manter as filas sob controle, especialmente em horários de pico.
E quem possui um ponto de venda sabe o quão difícil é resolver esse problema, mas já existem soluções que visam contorná-lo.
Um exemplo foi a Amazon Go, a loja física da gigante varejista, que permitiu que os clientes pegassem itens das prateleiras e simplesmente saíssem.
E como acontece a cobrança? Bom, a loja utiliza um mix de tecnologias, incluindo o RFID, e cobra automaticamente os itens na conta Amazon de cada comprador.
Esse é um ponto de virada importante, pois mostra como as áreas do varejo já estão buscando na tecnologia de identificação por radiofrequência uma solução para melhorar a experiência de compra.
Aumenta a eficiência do modelo BOPIS
O BOPIS, um modelo de varejo em que o cliente compra online, mas realiza a retirada na loja, se tornou extremamente comum.
Para o varejo, trata-se de uma ótima maneira de aumentar o tráfego na loja e preencher o gap tão tradicional entre as experiências de compras online e na loja.
Nesse cenário, o RFID é uma tecnologia que capacita o BOPIS em sua operação, fornecendo mais agilidade e rapidez no atendimento de retirada da compra.
Desvantagens e preocupações
Ainda assim, apesar dos benefícios, essa tecnologia não é unanimidade no mercado. Existem alguns contrapontos a sua utilização, que vamos explicar a seguir:
- Vulnerabilidade a ataques: sistemas RFID podem ser suscetíveis a ciberataques que mirem o roubo e sequestro de dados.
- Altos custos em tags de alta frequência: como explicamos, as tags de alta frequência podem ser bem caras, limitando seu investimento.
- Sistema suscetível a interferências: dependendo do conteúdo que as ondas precisam cruzar, o sinal pode ter interferências, dificultando a comunicação e o registro de dados.
RFID e NFC: como se relacionam?
Ao procurar por soluções de identificação por radiofrequência, é comum se deparar com outra sigla bastante utilizada no meio: NFC. Afinal, quais as semelhanças e diferenças entre o RFID e NFC?
Em nosso blog, já escrevemos um guia detalhado sobre NFC e seu funcionamento, mas vamos resumir para você:
NFC é a sigla para Near Field Communication (Comunicação por Campo de Proximidade), uma tecnologia de comunicação sem fio própria para pequenas distâncias.
Uma das principais razões pelas quais a identificação por radiofrequência e o NFC são confundidos é a frequência de 13,56 MHz, a mesma que alguns dispositivos RFID de alta frequência.
E, claro, o NFC é visto como uma evolução da identificação por radiofrequência, já que seus padrões e protocolos foram baseados nos mesmos do RFID.
Desse modo, o NFC pode ser aplicado em soluções de acesso ou liberação por proximidade. Um exemplo muito popular são os cartões de crédito e outras soluções de pagamento por aproximação.
Porém, a tecnologia NFC não necessita de uma fonte de energia, já que utiliza um campo magnético alternado, evitando que interferências aconteçam por conta de dispositivos com a mesma frequência operando próximos.
Como usar o RFID?
Agora, como a sua empresa pode aproveitar as incontáveis possibilidades da identificação por radiofrequência em sua operação?
Separamos algumas aplicações que podem beneficiar o seu negócio. Confira RFID exemplos:
Controle de acesso
Para empresas que necessitam de maior controle de acesso, como em áreas do estoque, arquivos confidenciais ou laboratórios, é possível utilizar tags para melhor monitorar e controlar o acesso.
Pagamentos no trânsito
Empresas que prestam serviço no trânsito, como as que exigem pedágios ou que administram estacionamentos, podem utilizar etiquetas RFID para automatizar a cobrança.
Assim, não é necessário emitir tickets que facilmente se perdem e causam confusões, basta instalar uma etiqueta nos veículos e um dispositivo de leitura nas saídas.
Corridas esportivas
Atletas profissionais e amadores podem utilizar a identificação por radiofrequência para registrar com exatidão o tempo de execução de provas, como de corredores ou atletas de marcha atlética.
O mesmo pode ser feito em corridas com veículos.
Sensores de temperatura
Dependendo do tipo do negócio, como em frigoríficos ou empresas de cold chain, que participam da logística de frios, é possível aplicar a identificação por radiofrequência no controle de temperatura e umidade.
Assim, a empresa pode manter a temperatura estável, evitando prejuízos e a perda dos produtos.
Segurança de colaboradores
Afinal, como aumentar a segurança no trabalho com RFID? Bom, uma das aplicações é por meio do monitoramento do uso de EPIs no chão de fábrica.
O leitor posicionado próximo a áreas que apresentam certo perigo ou máquinas pesadas pode identificar se o profissional está nas condições adequadas.
Além disso, a tecnologia contribui para outras necessidades, como monitorar o tempo que um profissional permanece em um ambiente específico, evitando contaminações, por exemplo.
Rastreamento de cargas e animais
Uma das necessidades da cadeia produtiva agrícola é investir na rastreabilidade de alimentos — do ponto em que as fontes de proteína animal estão na fazenda até chegar à mesa do consumidor.
Com a tecnologia de identificação por radiofrequência, as empresas conseguem monitorar todos os passos de seus produtos em cada etapa da cadeia de produção.
Controle de estoque
Por fim, uma das aplicações mais populares é do RFID para estoque.
Um exemplo é na utilização de etiquetas de identificação por radiofrequência para saber onde cada item está, facilitando o processo de picking.
Aplicações do RFID no setor de manufatura
Ao equipar uma linha de produção com leitores de tags RFID, é possível ter um controle muito mais forte sobre o processo produtivo.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de comunicação remota dá alta confiabilidade a esse monitoramento, e elimina a necessidade de ter pessoas acompanhando cada etapa do processo.
A natureza digital das comunicações por RFID também permite que as informações trocadas pelas tags e pelos leitores sejam acompanhadas e programadas digitalmente.
Isso significa que é possível usar as informações de deslocamento de objetos para controlar todas as etapas de produção.
Dessas possibilidades, decorrem as seguintes oportunidades de aplicação do RFID nas fábricas:
Rastreamento de objetos
Em uma linha de montagem equipada com RFID, é possível rastrear em tempo real cada item de matéria-prima, os produtos finalizados e, até mesmo, os objetos em diversas etapas de montagem (WIP, ou Work in Progress).
Colocando leitores em diversos pontos da linha de produção, é possível controlar a localização de cada objeto com maior precisão.
Quanto mais leitores usados, maior a exatidão do rastreamento.
Detecção de falhas
Sistemas integrados com RFID conseguem perceber quando os componentes da linha de montagem se comportam de maneira inesperada.
Assim, é possível detectar rapidamente falhas no processo produtivo, e o envio de operadores para análise e retificação dos problemas pode inclusive ser automatizado.
Integração com outros sistemas
Os dados que circulam entre os leitores e as etiquetas de RFID podem ser usados em outras etapas do processo produtivo.
Por exemplo: é possível programar uma máquina para realizar certa ação ao receber 50 itens de determinado tipo.
Além disso, as informações obtidas com essa tecnologia também podem ser integradas com outros programas usados para gerenciar recursos, como o sistema de gestão integrada (ERP).
O RFID na indústria 4.0
A crescente informatização das linhas de produção é parte do que vem sendo chamado de “quarta revolução industrial”.
Decorrente dessa revolução, a Indústria 4.0 é o nome dado aos processos produtivos nos quais cada componente é identificado e monitorado ao longo de todas as etapas.
Trata-se de uma tendência inescapável do futuro do setor de manufatura. E é fácil perceber a importância que a tecnologia RFID tem nesse cenário.
Num contexto em que a Internet das Coisas é uma realidade cada vez mais próxima, o RFID pode ser um primeiro passo para empresas que desejam ter mais controle e eficiência em seus processos industriais.
Isso porque o uso dessa tecnologia traz, a um custo relativamente reduzido, uma série de ganhos de eficiência ao longo da cadeia.
Entre a integração dos dados com outros sistemas e o aumento no controle sobre cada item usado nos processos, essa inovação oferece vantagens suficientes para ser considerada um investimento de alta prioridade.
5 motivos para adotar o RFID na sua indústria
Ainda em dúvida se vale a pena adotar a tecnologia de identificação por radiofrequência na sua empresa?
Como mencionamos anteriormente, a indústria tem muito a ganhar com as possibilidades dessa solução, implementando-a em diversos setores dentro do negócio — do controle de estoque, passando pela gestão de qualidade, segurança no trabalho e produtividade empresarial.
Que tal conferir alguns dos motivos? Elencamos os cinco principais a seguir!
1. Uso mais racional de recursos
Com a capacidade de rastrear cada item do processo produtivo, vem também a oportunidade de gerenciar melhor os recursos usados nesse processo.
O monitoramento de matérias-primas, SKUs, WIPs e produtos finalizados por meio de tags RFID traz insights sobre possíveis gargalos no processo industrial de maneira praticamente instantânea.
2. Automação de processos
Em uma linha de montagem em que cada objeto e cada máquina se comunica com os demais, a automação se torna muito mais simples.
Os equipamentos podem ser programados para agir de acordo com informações trocadas pelas etiquetas RFID, o que garante que eles vão agir exatamente na hora se (e apenas se) estiverem devidamente carregados.
3. Otimização da cadeia logística
O monitoramento de produtos finalizados por meio de RFID oferece alto nível de controle do estoque.
Com isso, as fábricas podem implantar técnicas de gerenciamento de estoque “just in time” para reduzir os custos com a gestão de bens ociosos, o que também ajuda a liberar profissionais para outras tarefas.
4. Redução do downtime
A detecção de falhas com RFID se torna muito mais rápida e precisa. Dessa forma, a resolução desses erros também pode acontecer de maneira mais ágil.
Em alguns casos, é possível inclusive programar alertas para serem disparados aos operadores responsáveis caso determinadas condições não sejam verificadas pelos leitores das etiquetas, permitindo que a resolução ocorra antes mesmo de o problema ser deflagrado.
5. Integração de dados
Os dados gerados pelo RFID não servem apenas para melhorar o processo.
Podem ser usados também para trazer novas perspectivas sobre o processo produtivo e realizar previsões mais precisas.
Além disso, tamanha integração permite uma comunicação mais próxima entre a linha de montagem e outros setores da empresa que também dependem dos dados gerados por lá.
A coleta dessas informações abre o setor industrial para todas as possibilidades da ciência de dados e de Business Intelligence.
Como escolher a melhor etiqueta RFID para o seu negócio?
Agora que você sabe tudo sobre RFID, o que é e como funciona, deve estar se perguntando: “mas como escolher a melhor etiqueta para sua aplicação?”
Bom, o primeiro passo é compreender o seu objetivo. Lembre-se que a frequência da etiqueta é o aspecto mais importante a ser considerado.
Além disso, procure calcular o custo-benefício do tipo de etiqueta escolhido ou encontrado no mercado.
Afinal, o RFID é uma tecnologia que depende de um ecossistema para ser o mais funcional possível.
Por fim, na hora de implementar, lembre-se de conduzir testes, corrigir falhas e seguir em um ritmo de melhoria contínua.
Expectativas quanto ao futuro do RFID
Como qualquer tecnologia, o RFID vem evoluindo ao longo dos anos, tornando-se mais flexível, prático, eficiente e seguro.
A tendência é que a identificação por radiofrequência siga como uma referência para novas tecnologias, bem como se espalhe dentro do mercado, como uma solução de monitoramento, rastreabilidade e controle que ajuda os negócios a tornarem suas operações cada vez mais integradas e à prova de erros.
A importância da tecnologia para o setor logístico
E então, entendeu a importância de implantar tecnologias em seu negócio, especialmente no setor logístico?
Como um dos pilares do sucesso de uma empresa, seja do varejo ou indústria, a logística merece atenção próxima dos líderes do negócio.
O RFID ajuda sua empresa a conquistar exatamente isso: maior transparência sobre o que ocorre dentro da sua operação.
Mas e como ter controle sobre os processos, aproveitando toda inteligência que os dados obtidos pela tecnologia de identificação por radiofrequência?
Para isso, é essencial utilizar os sistemas corretos — para tanto, você pode contar com a TOTVS!
Tecnologias TOTVS para Logística
Considerada a maior empresa de tecnologia do Brasil, a TOTVS desenvolveu a suíte de tecnologias para gestão de todos os aspectos de um negócio, como o setor logístico.
De acordo com as inovações, exigências do mercado e diretrizes de movimentos como a Logísticas 4.0, as tecnologias TOTVS possibilitam que você integre setores, controle todo seu estoque, gerencie o armazém, centralize dados de identificação e evolua o seu negócio, seja no âmbito estratégico como também no operacional.
Que tal utilizar o RFID em conjunto com os sistemas TOTVS, obtendo 100% de visibilidade no ciclo produtivo e logístico da sua organização?
Conheça mais sobre as tecnologias TOTVS para logística!
Conclusão
Ao longo deste guia, explicamos em detalhes tudo sobre RFID e a importância dessa tecnologia para o negócio.
O principal é a versatilidade de sua aplicação, já muito popular em todo mercado e com alto potencial de crescimento!
E a sua empresa, vai aproveitar? Esperamos que o nosso guia ajude nesse processo, bem como auxilie os líderes da empresa a tomarem melhores decisões.
Antes de finalizar, sugerimos conferir outro conteúdo relacionado! Criamos um guia sobre last mile e a importância dessa etapa no ciclo logístico. Leia agora!
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Wanderlei de liz diz:
Bom dia. Estou iniciando um projeto de implementação dessa tecnologia RFID em linhas de montagem e expedição de nossa fábrica e gostaria de conhecer maus desse processo.
7 de junho de 2020 EM 10:38
Alan Amorim diz:
Olá, Wanderlei. Se possível, preencha o nosso form no https://www.totvs.com/contato/ Mas entraremos em contato pelo número que nos passou. :)
11 de novembro de 2020 EM 18:22