SCM: tudo sobre a gestão da cadeia de suprimentos

O conceito de supply chain management não é novo dentro do setor de distribuição. No entanto, é fato que, cada vez mais, o SCM tem sido usado como fator de competitividade no mercado. Com os movimentos do mercado, muitos negócios têm transformado as lojas físicas em centros de distribuição. Na prática, isso quer dizer que, …

Equipe TOTVS | 28 maio, 2024

O conceito de supply chain management não é novo dentro do setor de distribuição. No entanto, é fato que, cada vez mais, o SCM tem sido usado como fator de competitividade no mercado.

Com os movimentos do mercado, muitos negócios têm transformado as lojas físicas em centros de distribuição.

Na prática, isso quer dizer que, em vez de investir em equipes de atendimento e vendas em unidades físicas, setores de distribuição e logística podem se fortalecer a partir da compreensão sobre SCM.

A ideia é oferecer produtos mais baratos, entregas mais rápidas e, assim, garantir maior competitividade. Siga a leitura para entender como uma cadeia de suprimentos fluida contribui para esse cenário.

O que é o SCM?

O Supply Chain Management é uma rede coesa de pessoas, negócios, recursos, atividades, tecnologia e expertise que se destina a controlar o fluxo de produtos e serviços em uma organização.

O SCM inclui todos os processos que transformam matérias-primas em produtos finais.

Envolve o design, planejamento, execução, controle e monitoramento das atividades da cadeia de suprimentos.

O objetivo, com isso, é criar valor líquido, construir uma infraestrutura competitiva, alavancar a logística, sincronizar o fornecimento com a demanda e medir o desempenho globalmente.

Com isso em mente, os três principais elementos do supply chain management são: demanda, materiais e capacidade de recursos.

O intuito é alinhar processos relativos a esses elementos, de modo a aumentar a velocidade do fluxo de caixa, giro e gestão de estoque, além de redução de custos, visando a otimização total.

A origem do SCM

O SCM pode ser dividido em várias etapas, com sua consolidação em um modelo mais semelhante ao atual acontecendo por volta de 1980.

Para ter uma perspectiva mais abrangente, separamos a linha do tempo em alguns movimentos principais, como: 

  • Criação: refere-se ao período do início do século 20, com a popularização da linha de montagem. O foco principal era na redução de custos e na otimização do chão de fábrica (downsizing).
  • Integração: abrange desde a década de 1960 até os dias atuais, considerando avanços tecnológicos significativos para a gestão da cadeia de suprimentos.Está ligada ao desenvolvimento de sistemas de troca de dados nos anos 1960 e, posteriormente, nos anos 1990, aos ERPs, e aos sistemas baseados em nuvem no século 21.
  • Globalização: relacionada ao período em que as cadeias de suprimentos se expandiram além das fronteiras nacionais para outros continentes, no final da década de 1980.
  • Especialização: essa etapa é dividida em duas fases:
  • Fase I: trata da década de 1990, quando as empresas começaram a se concentrar em suas competências essenciais e especializações, terceirizando operações não essenciais. Isso ampliou a cadeia de suprimentos para incluir empresas terceirizadas e criou parcerias especializadas.
  • Fase II: destaca o período em que o planejamento de suprimentos, colaboração, execução e gerenciamento de desempenho começaram a ser integrados à gestão da supply chain.

Os gerentes da cadeia de suprimentos precisavam de novas estratégias para lidar com mudanças rápidas e inesperadas na demanda, fornecedores gerais e fornecedores de logística.

  • SCM 4.0: o que vivenciamos hoje é a era 4.0, em que o foco é utilizar a tecnologia para aumentar a eficiência das operações e assim oferecer um serviço de maior qualidade ao consumidor.

Nessa era, as empresas precisam ficar atentas à atualização constante das soluções tecnológicas e às mudanças do próprio mercado, além de planejar os investimentos necessários para digitalizar processos. 

Como funciona o SCM?

O SCM centraliza o controle dos processos ligados à cadeia de suprimentos, incluindo produção, armazenamento e distribuição de um produto, permitindo assim um panorama claro sobre toda a operação.

Ao gerenciar sua cadeia de suprimentos, as empresas podem cortar custos excessivos, coordenar o fluxo de materiais e entregar produtos ao consumidor mais rapidamente.

Desse modo, mantém-se um controle mais assertivo dos estoques próprios, da produção, da distribuição, das vendas e dos estoques dos próprios fornecedores.

Em termos simples, o fluxo por trás do Supply Chain Management é dividido em três categorias: produto, informação e finanças.

Saiba como funciona e o que caracteriza cada uma dessas categorias.

Fluxo de produtos: inclui a fabricação, armazenamento, garantia de qualidade e entrega em tempo hábil ao longo da cadeia de suprimentos.

Fluxo de informações: consiste em enviar e receber pedidos de vendas e compras, além de atualizar os status de entrega. É essencial que esse fluxo funcione sem problemas, pois todos os outros fluxos de trabalho dependem da precisão das informações enviadas por toda a cadeia de suprimentos.

Fluxo financeiro: lida com pagamentos, gerenciamento de estoque, cobrança, condições de crédito e outros fluxos de trabalho relacionados a finanças.

Quais as vantagens do SCM?

Existem várias vantagens relativas à implementação do SCM na sua empresa, como um fluxo de bens e serviços mais otimizado e um melhor nível de satisfação do cliente.

Aqui, vale ressaltar, falamos da importância do gerenciamento da cadeia de suprimentos baseado na tecnologia.

Com o SCM data driven, é possível aumentar a visibilidade de ponta a ponta no fluxo de informações – das operações de compras, até a fabricação e entrega ao consumidor final.

Mas há muitos outros pontos a se destacar aqui, como melhores relações com fornecedores, controle de custos eficaz e a criação de uma cultura de inovação de impacto.

Na prática, falamos de benefícios como:

Redução de custos

Uma cadeia de suprimentos eficiente pode diminuir a necessidade de manter o estoque por longos períodos de tempo, reduzindo os custos logísticos indiretos associados ao armazenamento e à segurança.

Mas lembre-se, um estoque enxuto aumenta a pressão para o setor de vendas e os setores de distribuição. Assim, reduz a resiliência a choques na cadeia de suprimentos – ou seja, oscilações na demanda podem ser sentidas rapidamente.

Portanto, é importante identificar seu nível de estoque ideal e a metodologia a seguir – algo que o SCM faz de modo diário.

Maior eficiência operacional

Com dados atualizados em tempo real sobre a disponibilidade de matérias-primas, as empresas podem implementar planos de backup (como uma lista de fornecedores como plano B), evitando eventuais atrasos.

Sem dados em tempo real, as empresas muitas vezes não têm a oportunidade de iniciar um plano B, resultando em problemas como estoque esgotado ou envios em atraso para consumidores finais.

O SCM se baseia na ideia de utilizar a tecnologia para otimizar os processos logísticos e relacionados.

Assim, investir nas soluções de automação certas e aproveitar os dados para minimizar os atrasos contribui para uma experiência positiva do cliente e aumenta a reputação da sua empresa.

Aumento da fidelização dos clientes

Um bom SCM pode ser determinante para potencializar a fidelização dos clientes.

A lógica é simples de entender: de acordo com dados apresentados na NRF 2024: Retail’s Big Show pelo CEO e presidente da FedEx, Raj Subramaniam, 96% dos consumidores comprariam novamente com uma empresa que oferece uma política de devolução fácil.

E por que esse é um ponto tão importante? É que um processo de devolução suave significa uma cadeia de suprimentos eficaz, bem conectada e que envolve comunicação ao longo da cadeia.

Ou seja, tanto nos processo de devolução e na logística reversa, como também no fluxo de produção normal.

Assim, quando a cadeia de suprimentos atende ou supera as expectativas do cliente, é por que ela é eficiente.

Redução de falhas

Graças a práticas como o data analytics, é possível descobrir riscos potenciais referentes ao supply chain, permitindo que as empresas implementem planos para responder prontamente aos problemas.

Ao tomar medidas proativas, em vez de reagir a interrupções na cadeia de suprimentos (como problemas de controle de qualidade), as empresas podem evitar impactos negativos, reduzindo as falhas nos processos.

Melhora a comunicação interna

O fluxo de informações é um desafio constante das empresas.

Com um Supply Chain Management de ponta, é possível mitigar gargalos e capacitar o compartilhamento contínuo de informações e dados, fornecendo uma visão geral da cadeia de suprimentos de ponta a ponta.

Graças ao melhor acesso aos dados, os líderes da cadeia de suprimentos têm as informações de que precisam, no contexto certo, para tomar decisões mais informadas.

Como implementar o SCM de forma eficaz em sua empresa em 6 passos?

A melhor maneira de construir e manter um bom SCM na sua empresa é por meio dos seguintes passos:

1. Conte com bons fornecedores

Refine sua carteira de parceiros comerciais. Não adianta assinar contratos de fornecimento apenas levando em consideração o preço cobrado.

É preciso ir além, respeitando uma política sólida de fornecimento, que também atenda às expectativas dos seus clientes.

2. Integre as equipes

Evite a criação de silos de comunicação e informação. Ao longo do conteúdo, muito falamos sobre a importância de integrar setores e stakeholders de modo a modernizar o fluxo de informações.

Sistemas de gestão e recursos de automação podem ajudar nessa tarefa.

3. Preveja as demandas

Agora, procure se antecipar às demandas e necessidades dos clientes.

Seja proativo e esteja atualizado com as últimas tendências do setor. Ter uma ótima abordagem de atendimento ao cliente não é suficiente: é importante saber o que seu consumidor quer antes mesmo de pedir por isso.

4. Conte com uma linha de produção ágil

Na era digital, a velocidade é essencial. Confiar em uma linha de produção ágil e responsiva pode ajudar você a atender às demandas dos clientes de forma rápida e eficiente.

Para isso, recomendamos que você se atente aos frameworks e metodologias já consolidadas no mercado, como é o caso do lean manufacturing ou o just-in-time.

O indicado é entender o que cada uma dessas práticas significa e adaptá-las para o seu negócio.

A produção ágil começa não apenas no chão de fábrica, mas na forma que o setor comercial recebe os pedidos e como toda estratégia por trás da produção se dá.

5. Faça o monitoramento das métricas de transporte

Um bom SCM acontece pela gestão de indicadores, que deve ser precisa e antenada às atualizações em tempo real.

É por isso que os indicadores logísticos devem estar mapeados e sempre à mão, de modo que seja possível tomar decisões importantes de maneira instantânea.

6. Conte com soluções tecnológicas

E claro, não se esqueça do potencial da tecnologia. Sistemas de gestão de armazéns, TMS, YMS, entre outras tecnologias podem fazer toda diferença na criação de um SCM realmente eficaz.

Supply Chain Management na nuvem

As soluções em nuvem têm ganhado cada vez mais destaque dentro das empresas, como mostra uma pesquisa realizada pelo PwC. Segundo os dados, 62% dos entrevistados apontaram esse tipo de tecnologia como principal investimento para digitalizar operações.

No contexto do supply chain management, que pede agilidade e atualizações em tempo real para acompanhar alterações constantes, a nuvem torna-se uma grande aliada.

Isso porque ela é capaz de oferecer flexibilidade, escalabilidade e segurança, o que contribui diretamente para a eficiência operacional e a redução de custos.

Com soluções baseadas em nuvem, é possível acessar dados em tempo real, melhorar a colaboração entre fornecedores e clientes, e otimizar processos logísticos. 

Na prática, isso resulta em uma cadeia de suprimentos mais ágil, resiliente e adaptável às mudanças do mercado. 

Como consequência, a empresa ganha uma vantagem competitiva significativa e garante um crescimento sustentável da operação. 

Como será a cadeia de suprimentos do futuro?

Finalmente, é importante pensar sobre o futuro.

A cadeia de fornecimento do futuro será mais ágil e digital do que nunca. As empresas devem começar a se preparar agora a fim de ter certeza de que estão prontas para esta nova era de Supply Chain Management.

Tecnologias como a blockchain, IA, automação de processos robóticos (RPA) e data analytics são algumas das mais importantes para o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

Para se ter uma ideia, o relatório da PwC, citado anteriormente, indica que 70% dos respondentes da pesquisa afirmaram que suas empresas testaram ou implementaram IA generativa. 

Isso mostra o avanço na implementação de soluções tecnológicas dentro das empresas, com o objetivo de otimizar processos, reduzir falhas operacionais e impulsionar o desenvolvimento do negócio. 

Conforme essas tecnologias evoluem, os impactos no SCM se tornarão mais claros, e cabe a nós estarmos preparados para elas.

Em conclusão, criar um efetivo gerenciamento da cadeia de suprimentos em sua empresa requer uma abordagem holística que considere todos os aspectos do processo, incluindo fornecedores, equipes, clientes e tecnologias inovadoras.

Tecnologias TOTVS para indústrias

Já imaginou gerenciar um ambiente organizacional em que as informações transitam livremente em toda cadeia produtiva? Isso é possível com as tecnologias TOTVS para indústrias.

Assim, a tomada de decisão é feita de forma estratégica, já que nossas soluções ajudam a tornar a operação mais clara e oferecem dados sobre os processos produtivos e estratégicos em tempo real.

Além de mais eficiência, você ainda garante redução de custos com as nossas tecnologias para otimizar sua rotina de fabricação, sem contar na automatização de todo backoffice!

Que tal conhecer mais e entender os diferenciais das tecnologias TOTVS para indústrias?

Conclusão

Gostou de aprender tudo sobre SCM (supply chain management)? Neste guia completo, mergulhamos no conceito para explicar a importância, como funciona, os objetivos e vantagens da gestão da cadeia de suprimentos.

Para que sua empresa possa realmente sair na frente da concorrência, a qualidade deve ir além dos processos produtivos e focar no que antecede e precede a cadeia de produção, como o planejamento e a entrega.

Mas, lembre-se, é essencial contar com a tecnologia para que isso aconteça. 

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Comentários deste post

  1. nestor diz:

    intereza informarme mais

  2. Alan Amorim diz:

    Olá, Nestor. Temos mais informações sobre o setor em https://www.totvs.com/blog/atacadista-distribuidor/ O convido a acompanhar o blog, todos os dias da semana tem conteúdo novo dos mais diversos segmentos.

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