Conheça os 6 tipos de manutenções na indústria

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Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 16 outubro, 2024

Existem diferentes tipos de manutenções industriais e todas são fundamentais para garantir a continuidade dos processos produtivos e evitar paradas inesperadas. 

Você sabe o que é manutenção corretiva, preventiva e preditiva? E já ouviu falar em manutenção prescritiva ou detectiva?

A escolha entre cada uma delas pode impactar diretamente a eficiência, a segurança e os custos de operação em uma fábrica. 

Por isso, preparamos um artigo que explicará os 3 tipos de manutenção mais conhecidos na indústria, e também apresentar outros 3 tipos para você conhecer.

Entenda como cada um deles contribui para o sucesso das operações industriais!

Quais são os tipos de manutenções existentes?

Existem diversos tipos de manutenção industrial, e cada uma delas atende a diferentes necessidades de prevenção e correção de falhas. 

As empresas devem conhecer esses modelos para escolher as estratégias mais adequadas ao seu perfil de operação. Vamos ver como se classifica a manutenção?

Manutenção preventiva

A manutenção preventiva é realizada antes que ocorra uma falha no equipamento. Seu objetivo é evitar que componentes apresentem problemas inesperados, baseando-se em intervalos de tempo ou na condição dos equipamentos. 

Esse tipo de manutenção é essencial para indústrias que buscam uma maior previsibilidade em suas operações. 

As vantagens deste modelo são inúmeras:

  • Contribui para a padronização de processos, o que melhora a eficiência geral e assegura que todos os equipamentos recebam o cuidado adequado;
  • Garante que os equipamentos estejam sempre funcionando dentro de suas especificações operacionais, o que reduz significativamente o risco de falhas catastróficas;
  • Integra-se a sistemas de gestão de manutenção, permitindo o acompanhamento preciso das condições dos ativos e a definição de prazos mais realistas para intervenções futuras.

Ela é subdividida em duas categorias principais: a preventiva baseada no tempo e a preventiva baseada na condição.

– Manutenção preventiva baseada no tempo

Esse tipo de manutenção ocorre em intervalos programados de tempo. 

Por exemplo, pode ser uma verificação mensal ou semestral, dependendo do desgaste esperado das máquinas. Isso ajuda a garantir que as condições ideais de funcionamento sejam mantidas, minimizando paradas não planejadas.

Características da manutenção preventiva baseada no tempo: 

  • Oferece um bom equilíbrio entre previsibilidade e segurança operacional;
  • É muito comum em indústrias de manufatura, em que o tempo de operação contínuo das máquinas é um fator crítico;
  • Em alguns casos, os componentes podem ser substituídos ou reparados antes de realmente apresentarem um problema, o que pode gerar custos desnecessários; 
  • É de simples implementação, pois exige somente um planejamento inicial para definir os intervalos ideais para cada equipamento, e depois basta seguir o cronograma de forma disciplinada.

– Manutenção preventiva baseada na condição

Neste modelo, os equipamentos são monitorados continuamente ou em intervalos regulares para verificar a condição de peças e componentes. 

Sensores podem ser usados para detectar anomalias, como vibração excessiva ou aumento de temperatura, permitindo a substituição de partes antes de falharem.

Características da manutenção preventiva baseada na condição:

  • Reduz o tempo de inatividade, uma vez que as intervenções ocorrem apenas quando necessário;
  • Demanda investimento em sistemas de monitoramento adequados e formação equipes capacitadas para interpretar os dados coletados;
  • Tornou-se mais acessível com o avanço da tecnologia, como a IoT (Internet das Coisas), permitindo que empresas de todos os portes monitorem suas máquinas em tempo real.
  • É possível personalizar a frequência das manutenções de acordo com o desempenho real dos equipamentos, o que permite uma intervenção mais precisa e evita desperdício de recursos. 

Manutenção corretiva

A manutenção corretiva é realizada após a identificação de uma falha ou quebra em um equipamento. 

A principal característica desses tipos de manutenções é que ela só é aplicada quando o problema já está presente, o que pode resultar em interrupções não programadas na produção. 

Em algumas situações, isso pode gerar altos custos, especialmente se a falha causar danos secundários ou comprometer a segurança do ambiente de trabalho. 

Ainda assim, há casos em que o modelo é uma estratégia viável, especialmente quando os custos de prevenção são altos ou quando a interrupção de operações não causa grandes impactos.

Por outro lado, ele não deve ser a abordagem principal em operações industriais, já que confiar excessivamente nela pode prejudicar a produtividade a longo prazo. 

A chave está em encontrar um equilíbrio e saber quando a correção imediata é mais vantajosa do que a prevenção.

Embora seja uma abordagem comum em muitas indústrias, é importante diferenciá-la entre manutenções planejadas e não planejadas.

– Manutenção corretiva planejada

Neste caso, a empresa já espera que o equipamento precise de reparos em um futuro próximo, e programa essas intervenções de forma a minimizar o impacto nas operações. 

Um exemplo é substituir um componente que já apresenta sinais de desgaste, mas ainda não falhou completamente.

A manutenção corretiva planejada é uma forma inteligente de lidar com falhas iminentes, evitando que elas causem interrupções repentinas na produção. 

Características da manutenção corretiva planejada:

  • Permite que a empresa se prepare com antecedência, encomendando peças e alocando mão de obra especializada para realizar os reparos; 
  • Minimiza os custos de emergência, uma vez que o trabalho pode ser realizado em horários mais convenientes, como em turnos de menor demanda;
  • Pode ser integrada a estratégias de diferentes tipos de manutenção preditiva, permitindo que os gestores identifiquem componentes propensos à falha e programem a substituição no momento certo. 

– Manutenção corretiva não planejada

Neste modelo, a falha é inesperada e requer uma resposta imediata para evitar maiores prejuízos. 

Em casos extremos, esse tipo de falha pode comprometer não apenas o fluxo produtivo, mas também a integridade do ambiente de trabalho, especialmente se o problema envolver sistemas de segurança.

No entanto, em algumas indústrias, como as que operam sob grande pressão ou em ambientes de alta intensidade, as falhas podem ocorrer mesmo com estratégias de prevenção. 

Nesses casos, a agilidade da resposta e a capacidade de mobilizar recursos rapidamente são fatores essenciais para mitigar os danos e retomar a operação.

Características da manutenção corretiva não planejada:

  • Pode causar atrasos, já que a produção é interrompida até que o problema seja resolvido;
  • É geralmente a mais onerosa, pois além dos custos de reparo, há o impacto da parada inesperada. 

Manutenção preditiva

A manutenção preditiva é uma abordagem avançada, focada em prever quando um componente falhará, com base em dados monitorados. 

A manutenção preditiva tem ganhado destaque em indústrias que buscam otimizar o desempenho e reduzir custos. 

Utilizando sensores e análises avançadas de dados, as empresas conseguem prever com grande precisão quando um equipamento apresentará problemas, permitindo que a intervenção ocorra antes de uma falha catastrófica.

Esse método oferece muitas vantagens:, pois as intervenções ocorrem somente quando há necessidade real. Isso permite que as indústrias economizem em peças, mão de obra e tempo de inatividade. 

No entanto, ela exige investimentos em tecnologias e treinamentos, o que pode ser um obstáculo para empresas que ainda não possuem essa infraestrutura.

Ela se baseia na análise contínua das condições do equipamento e pode ser dividida em dois tipos: sensitiva e monitorada.

– Manutenção preditiva sensitiva

Esse método utiliza técnicas de inspeção e sensores para captar alterações sutis no desempenho das máquinas. 

Por exemplo, pode-se utilizar ultrassom ou termografia para detectar variações mínimas que indicam a necessidade de intervenção.

Esse tipo de manutenção preditiva é ideal para identificar problemas em fases iniciais, como desgaste em rolamentos ou mudanças na vibração de motores. 

Ao capturar esses sinais precoces, as empresas podem realizar manutenções programadas sem interromper o fluxo de produção, garantindo a continuidade das operações e evitando falhas inesperadas.

Embora seja mais complexa de implementar, os benefícios de se antecipar a problemas potenciais superam os custos de aquisição de sensores e ferramentas de monitoramento. 

Empresas que adotam esse tipo de manutenção industrial costumam ter uma operação mais eficiente e menos suscetível a falhas graves.

– Manutenção preditiva monitorada

Esse tipo de manutenção faz uso de monitoramento contínuo dos equipamentos por meio de sensores conectados a sistemas de gestão. 

As leituras são analisadas em tempo real para prever com precisão quando uma peça ou máquina precisará de reparos.

A manutenção preditiva monitorada vai um passo além, com dados sendo analisados continuamente por sistemas avançados. 

Isso permite que os operadores sejam alertados instantaneamente quando um equipamento apresenta sinais de desgaste ou mal funcionamento. 

Essas informações podem ser utilizadas para tomar decisões rápidas, como a substituição de uma peça antes que ela cause um problema maior.

Essa estratégia de monitoramento contínuo oferece uma visão completa do estado de saúde dos ativos, permitindo que os gestores industrializem ainda mais suas operações, reduzindo custos e maximizando a performance dos ativos. 

As empresas que adotam a manutenção preditiva monitorada geralmente apresentam menos downtime e um aumento substancial na eficiência operacional.

Agora que você relembrou os conceitos dos 3 tipos de manutenção industrial mais conhecidos, vamos abordar outros modelos.

Manutenção prescritiva

A manutenção prescritiva é uma evolução da manutenção preditiva. 

Ela vai além da simples predição de falhas em um componente: após se basear em análises profundas dos dados operacionais e do histórico de desempenho dos equipamentos, recomenda as melhores ações a serem tomadas, levando em consideração as variáveis de operação e desempenho.

Em outras palavras, as empresas podem tomar decisões ainda mais informadas e otimizar os recursos disponíveis.

Por exemplo, um sistema de manutenção prescritiva pode recomendar que um equipamento funcione a uma capacidade reduzida para prolongar sua vida útil, ou que uma peça específica seja substituída apenas quando determinada condição for atingida.

É, assim, uma abordagem altamente eficiente para indústrias que buscam maximizar o uso de seus ativos e minimizar desperdícios. 

Entretanto, sua implementação pode exigir sistemas de software e hardware avançados, além de especialistas para gerenciar as operações. Isso faz com que essa estratégia seja mais comum em indústrias com maior nível de automação e digitalização.

Manutenção detectiva

A manutenção detectiva visa identificar falhas latentes que não são perceptíveis no dia a dia. É um tipo de manutenção utilizado para evitar falhas críticas, como problemas em sistemas de segurança que podem passar despercebidos em inspeções comuns.

Diferente das demais, ela se concentra em sistemas que não demonstram sinais óbvios de falha até que seja tarde demais. 

É comumente aplicada a sistemas de segurança, alarmes, ou dispositivos de controle, em que uma falha pode ter consequências graves. 

Por exemplo, uma válvula de segurança pode não apresentar sinais de desgaste visíveis, mas pode falhar de maneira catastrófica se não for inspecionada periodicamente.

Essa abordagem é extremamente importante em indústrias de alto risco, como as que operam com produtos químicos perigosos ou em ambientes sujeitos a condições extremas. 

Manutenção Produtiva Total (TPM)

Manutenção Produtiva Total   ou TPM, sigla em inglês para Total Productive Maintenance, é uma ferramenta industrial que visa otimizar a eficiência dos processos de forma global. 

Desenvolvida na indústria automotiva japonesa, a TPM busca minimizar erros e gargalos, promovendo um acompanhamento contínuo da produtividade organizacional.

Seu objetivo principal é aumentar a qualidade dos produtos, reduzir quebras, defeitos e acidentes, além de padronizar operações e evitar imprevistos.

Ela envolve todos os colaboradores, gestores e tecnologia, indo além da manutenção de equipamentos e máquinas. A TPM também se relaciona com a engenharia de confiabilidade, prevenindo falhas e garantindo segurança.

Após entender quais os tipos de manutenção industrial mais comuns, é possível imaginar a importância dessa atividade para o negócio.

Qual a importância da manutenção industrial?

A manutenção industrial é crucial para garantir a continuidade das operações, a segurança dos trabalhadores e a longevidade dos equipamentos. 

Uma gestão eficiente das manutenções industriais reduz custos operacionais, previne falhas inesperadas e maximiza a produtividade.

Principais benefícios da manutenção industrial:

  • Otimização de recursos: evita desperdícios e reduz o custo com reparos emergenciais;
  • Segurança operacional: equipamentos bem mantidos garantem um ambiente de trabalho mais seguro;
  • Aumento da vida útil dos equipamentos: manutenções regulares preservam o desempenho dos ativos;
  • Redução de paradas não planejadas: ao aplicar estratégias como manutenção preventiva e preditiva, as interrupções são minimizadas.

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ERP para indústria da TOTVS

A TOTVS oferece uma solução completa de ERP para indústrias, integrando gestão e tecnologia para a era da Indústria 4.0. 

A ferramenta integra todos os processos de uma empresa de manufatura em uma única plataforma. Com ela, é possível automatizar operações, otimizar a gestão de estoque, planejar a produção e monitorar a performance em tempo real. 

Isso contribui diretamente para a eficiência das manutenções industriais, permitindo um melhor controle de ativos e agendamento de intervenções com base em dados concretos.

Além disso, o ERP facilita a adoção de manutenção preditiva e preventiva, ao fornecer informações detalhadas sobre o desempenho dos equipamentos, ajudando as empresas a tomar decisões mais estratégicas.

Veja como o ERP para indústria da TOTVS pode transformar sua gestão industrial!

Conclusão

Escolher os tipos de manutenção adequados é essencial para garantir o bom funcionamento dos equipamentos e a continuidade dos processos industriais. 

A manutenção preventiva, corretiva e preditiva, assim como outras abordagens, devem ser implementadas com base nas necessidades específicas de cada indústria. 

Ao adotar essas práticas e investir em ferramentas como o ERP da TOTVS, as empresas ganham eficiência, economia e confiabilidade, garantindo a competitividade no mercado.

Confira por que o ERP é uma ferramenta indispensável quando se trata de custos de manutenção industrial!

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