Um porto seco como o nome nos diz, trata-se de um espaço para armazenagem e movimentação de cargas longe da costa marítima.
Estes espaços estão sob a jurisdição aduaneira e servem como intermediário para agilizar os processos de logística do comércio exterior.
Contudo, o uso dessa solução demanda um bom planejamento para que possa viabilizar e reduzir os custos das operações de importação e exportação.
Quer saber o que são e como funcionam esses tipos de terminais alfandegários? Neste artigo, vamos explicar o conceito, as características, os serviços e as vantagens do porto seco para a logística. Boa leitura.
O que é um porto seco?
Um porto seco, também chamado de Estação Aduaneira do Interior (EADI), trata-se de uma zona secundária de uso público sob jurisdição alfandegária da Receita Federal.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, esses portos funcionam como intermediários, pois ficam próximos a regiões de grande volume produtivo.
Produções agropecuárias no Mato Grosso do Sul, estão bem distantes dos portos marítimos de Santos, por exemplo, por isso ter uma zona secundária em Anápolis, o Estado de Goiás, facilita a distribuição.
Esses portos secos possuem características intermodais, ou seja, podem ser acessados pela rodovia, ferrovia, via aérea e fluvial, uma vez que estão localizados em pontos estratégicos para logística.
Além disso, também pode incluir instalações para armazenamento, consolidação e manutenção de mercadorias e transportadores 2.
Quem administra essas zonas são empresas privadas, porém submetidas ao controle aduaneiro da Receita Federal para que possa ser feito o desembaraço da carga.
Assim, quando a mercadoria é liberada para o embarque nos portos marítimos, já está pronta para ser despachada, com muito mais agilidade e menos burocracia.
Como funciona o porto seco?
O funcionamento do porto seco depende do tipo de operação realizada: importação ou exportação.
No caso de importação, as mercadorias chegam ao local ainda consolidadas em contêineres e são submetidas ao desembaraço aduaneiro.
Após a nacionalização, as mercadorias podem ser despachadas para uso imediato ou armazenadas como entreposto aduaneiro..
Já para exportação, essas mercadorias são recebidas prontas para o envio ao exterior, passando por processos de despacho aduaneiro.
Etiquetagem, marcação, separação, embalagem, entre outros procedimentos são feitos na zona secundária, atendendo as exigências do comprador.
Esses portos secos, sob jurisdição da Receita Federal, podem operar em alguns regimes aduaneiros especiais como:
- Comum: permite a armazenagem de mercadorias destinadas à exportação ou à importação;
- Suspensivo: concede suspensão dos tributos incidentes sobre as mercadorias importadas ou exportadas;
- Admissão temporária: libera entrada no país de bens que devem permanecer por um prazo determinado com uma finalidade específica;
- Drawback: dá isenção ou suspensão dos tributos incidentes sobre as matérias-primas importadas para a fabricação de produtos destinados à exportação.
Serviços que podem ser realizados em um porto seco
Além desses regimes especiais e desembaraço aduaneiro, os portos secos oferecem outros serviços como:
Importação
- Gerenciamento da logística aduaneira, incluindo recebimento, montagem, etiquetagem, separação, picking, armazenagem e distribuição;
- Agilidade no desembaraço aduaneiro;
- Redução dos custos com armazenagem;
- Redução dos custos com transporte;
- Despacho aduaneiro com custos mais baixos;
- Armazenagem de cargas em processo de trânsito aduaneiro;
- Pesagem de contêineres e de cargas;
- Conferência e contagem das mercadorias;
- Desova de contêineres e armazenagem dos produtos, para posterior expedição.
Exportação
- Gerenciamento da logística aduaneira, incluindo recebimento, montagem, etiquetagem, separação, picking, armazenagem e distribuição;
- Agilizar o desembaraço aduaneiro;
- Redução nos custos de armazenagem;
- Diminuir os custos com distribuição;
- Despachar na aduana com custos mais baixos;
- Armazenagem de cargas em processo de trânsito;
- Pesagem de contêineres e de cargas;
- Conferência e contagem das mercadorias;
- Estufagem de contêineres e expedição dos produtos.
Qual a importância dessa área para a logística?
Esses terminais são uma alternativa logística que pode trazer diversos benefícios para as empresas que realizam operações de comércio exterior.
Dentre as vantagens, podemos destacar que esses portos reduzem os congestionamentos em portos marítimos e aeroportos, a fim de evitar filas e atrasos nos despachos.
Também promove mais segurança e controle sobre as mercadorias, com menor incidência de furtos, danos e outros sinistros.
Por fim, dá a gestão logística mais flexibilidade para o uso de modais, bem como aumenta a competitividade e qualidade dos serviços prestados.
Qual a diferença entre porto e porto seco?
A principal diferença entre porto e porto seco é a localização.
Enquanto o porto é uma área alfandegada situada na zona primária, ou seja, na costa marítima, nas fronteiras terrestres ou fluviais do país, o porto seco é uma área alfandegada situada na zona secundária, portanto, no interior do país.
Outra distinção relevante é que os portos da costa e de fronteira recebem cargas vindas do exterior, enquanto nas zonas secundárias há o recebimento de mercadorias internas.
Do ponto de vista do comércio exterior, os portos secos funcionam como um intermediário no processo e os portos marítimos são uma etapa de conclusão da operação.
Além disso, o porto seco pode oferecer alguns serviços que o porto não oferece, como entrepostagem aduaneira, regimes aduaneiros especiais e serviços de valor agregado.
Quais são os portos secos no Brasil?
O Brasil possui atualmente 66 portos secos em funcionamento, distribuídos em 21 estados.
O maior porto seco do Brasil e da América Latina está localizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, mas também há outras zonas secundárias importantes espalhadas por outros estados como:
- São Paulo;
- Rio Grande do Sul;
- Minas Gerais;
- Santa Catarina;
- Goiás;
- Bahia.
A importância da tecnologia nas operações de comércio exterior
A tecnologia é um fator que pode fazer a diferença nas operações de comércio exterior.
Com o uso de ferramentas digitais, é possível otimizar os processos logísticos, reduzir os custos operacionais, aumentar a produtividade, melhorar a comunicação, monitorar as cargas em tempo real e garantir a conformidade legal.
Um exemplo de tecnologia que pode auxiliar as empresas que atuam com comércio exterior é o Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).
Essa plataforma integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de importação e exportação no Brasil.
A digitalização do comércio exterior está cada vez mais em alta no mundo todo, principalmente após a aceleração necessária durante a pandemia.
Nesse ponto entram outras soluções tecnológicas focadas na otimização da cadeia de suprimentos, com monitoramento de ponta a ponta dos processos.
Uma das soluções tecnológicas que podem ajudar as empresas que atuam com comércio exterior é a Suíte Logística da TOTVS.
Suíte Logística da TOTVS
A Suíte Logística da TOTVS permite que as empresas tenham mais controle, visibilidade e eficiência nas operações de importação e exportação, além de facilitar o cumprimento das obrigações fiscais e aduaneiras.
Os recursos da plataforma permitem:
- Integração com o Siscomex e o PUComex, agilizando o registro e o acompanhamento das operações de comércio exterior;
- Integração com os portos secos e outros terminais alfandegados para rastreamento e a movimentação das cargas em tempo real;
- Conexão com fornecedores e clientes, possibilitando a troca de informações e documentos eletrônicos;
- Otimização de custos, receitas, faturamento e tributos das operações de comércio exterior;
- Gestão de estoques, armazenagem, transporte e distribuição das mercadorias importadas ou exportadas;
- Gestão de contratos, pedidos, ordens de compra e venda, cotações e câmbio das operações de comércio exterior;
- Gestão de projetos, processos, indicadores e relatórios das operações de comércio exterior.
Todos esses benefícios em um só lugar, com integração completa com os principais CRMs do mercado para um controle preciso de ponta a ponta.
Conheça os detalhes da Suíte Logística da TOTVS para ter mais competitividade também na atuação no comércio exterior.
Conclusão
Os portos secos ou zonas secundárias, são locais importantíssimos para a logística do comércio exterior, pois agilizam a distribuição de mercadorias.
São áreas que permitem o desembaraço aduaneiro, além de outros serviços que reduzem filas nos portos marítimos e favorecem um fluxo melhor de importação e exportação.
Vimos que a tecnologia é um fator que pode fazer a diferença nas operações de comércio exterior, para otimizar os processos, reduzir custos e entregar um serviço de excelência ao cliente final.
Com a Suíte Logística da TOTVS você tem as funcionalidades ideais para a gestão de processos da logística internacional com mais controle, visibilidade e eficiência nas operações de importação e exportação.
Aproveite também para conferir nossas dicas sobre como um bom software de gestão de transportes pode otimizar sua operação.
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