Quando o assunto é segurança da informação, ferramentas como o token de autenticação podem ser muito úteis.
Usado para garantir a validade do acesso online, ele é bastante conhecido nas operações bancárias realizadas em sites e aplicativos.
Você sabia que este processo de segurança é um tipo de autenticação sem senha que está em crescimento, junto com os sistemas biométricos e os números de identificação pessoal?
Estima-se que esse mercado, avaliado em US$ 12,8 bilhões em 2018, chegará a mais de US$ 53 bilhões até 2030.
Portanto, vamos conhecer melhor o que é token de autenticação, como ele funciona, os tipos de tokens disponíveis e muito mais!
Confira!
O que é token de autenticação?
Um token de autenticação é um protocolo utilizado por usuários de um sistema para ter uma sessão válida. Ao tentar fazer o login na plataforma, o usuário precisará verificar sua identidade por meio de um token gerado (tipo um certificado digital), que o permite navegar dentro de um prazo determinado.
Esses tokens são geralmente gerados aleatoriamente com uma combinação de letras, números e/ou símbolos, a fim de manter os dados seguros.
Como os tokens aumentam a segurança e acrescentam uma dimensão adicional de proteção aos dados do cliente, eles oferecem um componente inestimável dos processos modernos de autenticação.
Entendeu o que é token de autenticação? Vamos compreender o funcionamento deste processo!
Como funciona o processo de autenticação por token?
Em sua essência, a autenticação token é um processo em duas partes que verifica tanto o usuário quanto o próprio token.
E como gerar token de autenticação? Como faço para saber o número do token?
Nestes sistemas de autenticação, podemos separar o processo em alguns passos:
- Usuário insere suas credenciais de login e as envia para o servidor;
- O servidor realiza a autenticação das credenciais do usuário e gera um token válido por um certo período de tempo;
- A plataforma envia o token automaticamente para o usuário;
- O token é armazenado para uso futuro, como se fosse um bilhete carimbado, de modo que o usuário continue acessando os recursos sem nova autenticação. No entanto, ele será válido por um determinado período.
- Quando o usuário faz o logout, o ciclo de vida do token termina.
Portanto, sempre que pensarmos no que é token de autenticação, devemos ter em mente que é uma segunda forma de verificação da autenticidade da solicitação e da da identidade do usuário.
Conheça a seguir os tipos de tokens disponíveis.
Tipos de tokens disponíveis
Os tokens de autenticação podem assumir principalmente duas formas: tokens de software e de hardware. São opções que oferecem uma forma segura de autenticação e cada uma tem suas próprias vantagens, dependendo das necessidades do usuário.
Tokens de software
Os tokens de software oferecem uma camada extra de autenticação sem contato físico, motivo pelo qual são chamados de tokens desconectados.
É o caso dos aplicativos móveis que utilizam smartphones e permitem a autenticação de dois fatores (2FA), a autenticação multifator (MFA).
No entanto, o tipo mais comum de token de software é o token de código aberto JSON Web Token (JWT). JSON é a sigla de JavaScript Object Notation.
Esse padrão de código aberto (RFC 7519) fornece um protocolo independente e simples para a codificação de informações como um objeto JSON.
Na prática, essas informações conseguem ser transmitidas de forma eficiente e segura entre elas. Ou seja, os usuários acessam dados protegidos sem a necessidade de múltiplas credenciais para fazer o login.
Tokens de hardware
Os tokens de hardware realizam a autenticação por meio de pequenos dispositivos físicos, como USB, tags com senha única e smart card, ou por Bluetooth.
Em outras palavras, o usuário precisa apresentar algo que possui de forma exclusiva.
Por muito tempo, até o advento dos smartphones, esta era a única forma de autenticação via token.
E se houvesse um erro de manipulação de token de autenticação? E se o dispositivo fosse roubado? São problemas que foram resolvidos com os tokens de software.
A seguir, apontamos as vantagens desses sistemas de autenticação.
Quais são as vantagens do token de autenticação?
Os tokens de autenticação oferecem uma solução segura e conveniente que garante que as contas dos usuários sejam mantidas em segurança.
É uma autenticação que inclui uma camada a mais de segurança sobre outros sistemas de autenticação, como o processo tradicional por senha ou por servidor.
Além disso, eles são mais difíceis de hackear, roubar ou de serem comprometidos do que uma senha, por exemplo.
Mas a segurança não é a única vantagem oferecida por estes tokens, veja:
- Agilidade: são poucos segundos entre a solicitação do usuário e o envio do token pelo servidor;
- Mobilidade: os usuários conseguem realizar transações como transferências, compras e assinatura de documentos de qualquer lugar;
- Versatilidade: os tokens de autenticação são usados em todos os segmentos econômicos, desde bancos a empresas de transportes e assistência médica;
- Controle administrativo: os administradores conseguem ter um controle mais detalhado e visível sobre as ações dos usuários quando o acesso é feito via token, pois elas ficam registradas;
- Melhor experiência dos usuários: os usuários podem acessar suas contas em múltiplos dispositivos, sem a necessidade de constantemente digitar as credenciais de autenticação. Além disso, têm acesso contínuo enquanto o token estiver válido.
Em suma, esse sistema de autenticação proporciona maior flexibilidade de autenticação e maior segurança tanto para as empresas quanto para os usuários.
E existem situações em que seu uso é altamente recomendado.
Em quais casos o token de autenticação é recomendado?
Você já sabe o que é token de autenticação e entendeu que seu foco é fornecer uma camada adicional de segurança ao acessar aplicações móveis, websites ou bancos de dados.
Por isso, em muitos momentos, ele se torna essencial para garantir esse alto padrão de segurança. É o caso das operações de instituições financeiras e de governo, em que o risco associado à falha de autenticação pode ser caro.
Além disso, utilizar o token é interessante quando:
- seus sistemas e recursos contêm informações protegidas e sigilosas, e você quer minimizar os riscos de invasão ou comprometimento de dados;
- seus sistemas e recursos contém informações protegidas por regulamentos e normas de privacidade de dados que estipulam uma autenticação mais segura, que vá além das senhas básicas;
- sua empresa utiliza um sistema ou recurso que concede acesso temporário frequentemente (como uma base de usuários que varia bastante em um único dia) e precisa de uma solução ágil e dinâmica;
- suas atividades demandam um controle de acesso detalhado (como a concessão de acesso a partes específicas de um contrato) e precisa de uma solução que proporcione esse controle administrativo mais específico.
Como proteger uma autenticação baseada em token de ataques maliciosos?
A autenticação baseada em token é uma maneira segura e eficaz de proteger as credenciais dos usuários, mas é também vulnerável a ataques maliciosos.
Vale lembrar que estamos diante de um “token do portador”. Em outras palavras, o acesso é concedido a qualquer pessoa que possua o token.
Ou seja, mesmo os tokens de software podem ser comprometidos se um terceiro não autorizado tomar posse de um token.
Para minimizar os riscos de comprometimento e violação, há algumas práticas importantes que devem ser adotadas, como:
- Mantenha o token de software ou hardware em sigilo, como deve ser feito com as demais credenciais de segurança;
- Adicione camadas de segurança, como um segundo sistema de verificação de tokens que só permite a geração de tokens pelo servidor correto;
- Simplifique a carga útil do token e não coloque informações protegidos ou sensíveis dentro dela, pois embora sejam codificados, os tokens são facilmente decodificados por cibercriminosos;
- Utilize somente conexões HTTPS na transmissão de tokens de/para o servidor, uma vez que as conexões sem segurança podem ser facilmente interceptadas, o que ocasiona o roubo de tokens em trânsito;
- Defina a expiração e permita a revogação do token quando um usuário sai do sistema ou ocorre uma saída forçada, pois tecnicamente, sem o acionador de fim de sessão, o token não tem expiração incorporada.
Com essas medidas, a autenticação baseada em token pode continuar sendo uma opção viável para os usuários finais que precisam de segurança adicional sem sacrificar a conveniência.
E vale sempre lembrar que existem outros sistemas de autenticação que você pode utilizar em sua empresa, de acordo com necessidade e conveniência.
Conheça outras formas de autenticação
Quando se trata de assegurar contas e dados online, existem várias formas de manter as informações seguras.
Uma pesquisa divulgada em novembro de 2020 com usuários de smartphones no Brasil traz dados interessantes sobre os diversos sistemas de autenticação.
Ela concluiu que 40% dos entrevistados acreditam que a digitalização de impressões digitais é o método mais fácil e conveniente para autenticação em serviços digitais.
O uso tradicional de senhas ficou em segundo lugar, escolhido por 26% dos participantes.
Conheça a seguir as principais formas de autenticação.
Usuário e senha
O nome de usuário e a senha são uma das formas mais básicas de autenticação. Ela consiste em uma combinação única de nome de usuário e senha à qual somente o usuário tem acesso.
A proteção de dados, neste caso, depende unicamente dele, pois é quem define a senha ou o PIN.
Autenticação por sessão
A autenticação da sessão é aquela pela qual o usuário é identificado a partir de um token enviado de seu computador ou dispositivo.
A autenticação por sessão surgiu ainda no início do desenvolvimento das aplicações web. Ela funciona da seguinte forma:
- O usuário se autentica por meio de login e senha (ou outro método);
- O servidor cria uma sessão (em sua memória ou banco) e devolve a informação de usuário por meio de um cookie com o identificador da sessão criada;
- Na sequência, a próxima requisição do usuário já inclui o cookie com o identificador da sessão;
- O servidor faz a devolução do acesso ao recurso solicitado ou realiza outra ação referente à conta autenticada.
É uma forma bem similar à autenticação por token, uma vez que a sessão é mantida pelo servidor com as informações do usuário.
Mas, na autenticação por sessão, o armazenamento é feito em um banco de dados ou na memória, o que pode comprometer os limites de hardware.
Autenticação de dois fatores
Para o nível máximo de segurança, uma opção interessante é a autenticação de dois fatores.
Ela demanda a digitação de um nome de usuário e senha junto com outra informação, como um código enviado para o e-mail ou celular. É a união de algo que o usuário sabe e algo que ele tem.
Autenticação multifator
A autenticação multifator (Multi-Factor Authentication – MFA) requer dois ou mais métodos de autenticação para verificar a identidade do usuário.
Os tipos de métodos variam, mas geralmente incluem algo que ele sabe (uma senha), algo que ele tem (smartphone ou token USB) e algo que ele é (biometria).
Biometria
A autenticação por biometria usa características físicas únicas dos indivíduos, como impressões digitais, voz ou reconhecimento facial, para identificar os usuários.
Antes de escolher um modo de autenticação, os gestores empresariais devem avaliar suas atividades para entender o nível de segurança exigido.
Além disso, devem buscar soluções tecnológicas que contribuem para a segurança, como é o caso da plataforma de gestão de assinaturas eletrônicas da TOTVS.
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Conclusão
Os tokens de autenticação são soluções que garantem maior segurança nas transações online quando comparados aos métodos tradicionais de autenticação, como o login feito somente por usuário e senha.
Além disso, eles trazem outros benefícios aos usuários, como melhor experiência, maior controle administrativo e agilidade nas operações.
Juntamente com outras ferramentas, como as plataformas de assinatura eletrônica, são essenciais para que uma empresa garanta a segurança de sua atividade.
No entanto, o uso de soluções deve estar amparado por uma boa política de segurança, certo? Saiba como fazer uma boa política de segurança da informação!
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