O trânsito seguro é mais do que uma meta; é um compromisso contínuo com a segurança de motoristas, passageiros e pedestres.
Este conceito é especialmente importante para o setor logístico, onde a segurança impacta diretamente a eficiência operacional e a integridade dos bens transportados.
Em um ambiente onde prazos apertados e estrada são parte da rotina diária, adotar práticas seguras pode ser a diferença entre sucesso e desastre.
Este artigo aborda dicas essenciais para proporcionar maior segurança no trânsito, integrando soluções práticas às operações diárias de qualquer empresa logística.
O que é um trânsito seguro?
Trânsito seguro é o estado no qual as condições de deslocamento são projetadas e geridas para minimizar riscos e maximizar a proteção de todos os usuários da via. Isso abrange não só equipamentos e infraestrutura, mas o comportamento dos motoristas e pedestres.
Um programa de trânsito seguro envolve, por exemplo, a aplicação rigorosa de regras de trânsito para motoristas e práticas que reduzam a probabilidade de acidentes e sinistros.
Isso não se limita a evitar multas ou sanções, mas sim proteger efetivamente todos os que compartilham as vias e rodovias.
Por exemplo, respeitar as leis de trânsito e agir de forma previsível cria um ambiente de confiança mútua, onde motoristas podem antecipar as ações uns dos outros, minimizando conflitos e incidentes.
No setor logístico, podemos pensar em práticas capazes de evitar paradas imprevistas e custos elevados associados a acidentes, preservando a integridade das mercadorias e dos motoristas.
Dessa forma, a segurança nas estradas contribui para uma eficiência operacional que permite que as empresas mantenham a competitividade enquanto demonstram responsabilidade social.
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Principais normas para garantir um trânsito seguro
No Brasil, a principal regulamentação é o Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei nº 9.503/97), as resoluções do CONTRAN e, em âmbito estadual, as portarias e decretos.
As regras de trânsito para motoristas, ciclistas e pedestres existem para regular o fluxo de veículos de forma segura e eficiente, evitando a ocorrência de acidentes por meio de um conjunto robusto de regras que todos os usuários da via devem seguir.
Para gestores de frota, essas normas são mais que diretrizes; são fundamentos operacionais que determinam como sua força de trabalho deverá agir frente às várias situações que se repetem no cotidiano das estradas.
Ao treinar motoristas para seguir rigidamente estas normas, não só promovemos um ambiente mais seguro, mas também incutimos uma cultura de responsabilidade e respeito.
E quais são as principais normas? Veja:
- Atenção à regulamentação específica dos seus veículos, que pode incluir regras quanto à carga, como amarração de materiais ou dimensões permitidas;
- Obrigatoriedade de uso de cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo, o que, em caso de impacto, pode reduzir significativamente o risco de lesões fatais;
- Respeito às sinalizações de trânsito, que oferecem indicações claras sobre o que esperar na estrada, seja em termos de limite de velocidade, paradas obrigatórias ou regras de ultrapassagem.
Como apontado anteriormente, além de entender o que é trânsito seguro, precisamos pensar nas práticas que concretizam esse conceito.
Leia também: CONTRAN: tudo sobre o Conselho Nacional de Trânsito
Dicas para garantir um trânsito mais seguro
Você sabia que, conforme relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o 3º país que mais registra mortes em vias e rodovias? Ele só perde para a índia e China.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de 2022 apontaram que os acidentes de trânsito no Brasil podem resultar em um custo econômico significativo, com perdas que podem chegar a R$ 50 bilhões por ano.
Para reduzir tantos impactos negativos, todos os motoristas devem ter ciência de seu papel nos diversos programas de trânsito seguro. Em outras palavras, é preciso incorporar boas práticas no seu dia a dia.
Aqui estão onze dicas para que motoristas de frotas consigam manter a segurança nas vias e rodovias.
1. Fazer a manutenção da frota
Uma frota bem mantida é pilar essencial da segurança viária. Ao priorizar a manutenção regular, as empresas evitam interrupções no serviço e protegem seus motoristas e o público.
Verificações rotineiras permitem a detecção precoce de problemas em sistemas críticos como freios, direção e suspensão.
Além disso, a manutenção de frotas contribui para a otimização do consumo de combustível e a redução de emissões poluentes.
Assim, assegurar que todos os veículos estão operando conforme os padrões não é apenas uma questão de segurança, mas também um movimento em direção a práticas empresariais mais sustentáveis.
Leia também: Controle de combustível: importância e como fazer
2. Respeitar a sinalização
Uma das dicas de trânsito seguro mais básicas é o respeito à sinalização existente nas vias, que é projetada para otimizar o fluxo de tráfego e garantir a segurança de todos.
Ignorar ou não dar a devida importância aos sinais de trânsito é uma das principais causas de colisões. Por outro lado, observá-las com atenção é um dos mais relevantes cuidados no trânsito para pedestres.
Para motoristas de frotas, entender e reagir corretamente à sinalização deve ser algo intrínseco à sua atividade.
Em um cenário onde todos respeitam as regras e promovem a conscientização para um trânsito seguro, a circulação se torna mais intuitiva e previsível, o que reduz o estresse e o tempo total de viagem.
Incentivar motoristas a rever as regras de sinalização regularmente pode ajudar a reforçar seu compromisso com a segurança.
3. Não parar em fila dupla
Se uma pessoa perguntasse “qual é o comportamento seguro no trânsito?”, é possível que você não se lembre de mencionar “não pare em fila dupla”.
Mas a verdade é que estacionar em fila dupla, embora pareça uma solução rápida para uma parada urgente, representa um grande risco.
Essa prática reduz a visibilidade para outros motoristas e pode bloquear o fluxo de tráfego, criando congestionamentos.
Ela também aumenta a possibilidade de ser atingido por outros veículos, colocando tanto o condutor quanto os passageiros em risco.
Empresas devem instruir seus motoristas a procurar áreas designadas para carga e descarga, mesmo que isso signifique caminhar um pouco mais.
4. Nunca usar o celular ao volante
Nos últimos anos, os bons programas de trânsito seguro passaram a chamar a atenção para o uso de celular ao volante.
A prática é especialmente perigosa, pois tira a atenção do motorista da via e das demais condições de tráfego. A distração ao volante é uma das causas comuns de colisões, vale lembrar.
Por isso, é imperativo que motoristas de frotas evitem completamente seu uso durante a condução, mesmo para tarefas como navegação. É um dos pontos para evitar a chamada atenção dispersiva.
Soluções como sistemas de navegação por voz ou montar o celular em um suporte com comandos de voz podem minimizar riscos.
Em caso de urgência, o motorista deve parar em local seguro para utilizar o dispositivo.
5. Praticar a direção defensiva
Quando falamos em conscientização para um trânsito seguro, a direção defensiva é o treino mais estratégico que um motorista pode realizar.
Trata-se de conduzir de modo a prever falhas potenciais de outros motoristas e preparar-se para elas. Isso pode incluir desde manter uma distância segura entre veículos até estar atento a pedestres que podem atravessar fora de faixas de segurança.
Esta é, inclusive, uma das práticas citadas nos cuidados no trânsito para pedestres.
Motoristas defensivos têm maior probabilidade de evitar acidentes, apesar dos comportamentos negligentes alheios.
6. Não dirigir cansado ou sonolento
Seguindo nossas dicas de trânsito seguro, você sabia que dirigir cansado é quase tão perigoso quanto dirigir sob a influência de álcool?
A sonolência compromete os reflexos e julgamento do motorista, o que aumenta significativamente o risco de acidentes.
No setor logístico, existem regras que estipulam pausas regulares para descanso das frotas, uma medida vital para evitar incidentes causados por cansaço extremo.
Por outro lado, os gestores devem assegurar a aderência a essas leis, programando rotas que contemplem paradas adequadas e promovendo a saúde e bem-estar dos motoristas.
7. Atentar-se aos pedestres e ciclistas
Os pedestres e ciclistas são os usuários mais vulneráveis das vias e, frequentemente, são os mais afetados em acidentes.
Por isso, os motoristas devem manter um olhar atento para esses grupos, especialmente em áreas urbanas onde sua presença é mais frequente.
Parar em faixas de pedestres, mesmo quando não há sinalização luminosa, e prestar atenção extra ao entorno durante as mudanças de pista é um dos cuidados no trânsito para pedestres que contribuem para a segurança de todos.
8. Respeitar os limites de velocidade
Limites de velocidade não são arbitrários; eles são definidos para maximizar a segurança baseada nas características das vias.
Ultrapassar esses limites reduz o tempo de reação disponível para evitar colisões e aumenta a severidade dos acidentes.
Os motoristas devem, portanto, respeitar essas regulamentações para promover uma condução mais segura, reduzir o risco de multas, e assegurar que o transporte de mercadorias e passageiros ocorra sem contratempos.
A instalação de restritores de velocidade e sistemas de telemetria pode ser uma eficaz forma de monitorar e ajustar este comportamento.
9. Dar a preferência
Outra boa dica de trânsito seguro é dar a preferência. Este conceito é central para o funcionamento coordenado do tráfego.
Ceder passagem, conforme ditado pelas regras de trânsito para motoristas, não só evita potenciais colisões, mas promove uma cultura de cooperação mútua entre todos.
Em cruzamentos sem sinalização clara, isso se torna ainda mais importante.
10. Ter cuidado em cruzamentos
Cruzamentos são áreas de alto risco onde o tráfego de diferentes direções converge, tornando-os propensos a acidentes.
Deparar-se com um cruzamento exige vigilância adicional e uma redução na velocidade para garantir que todas as direções estabelecidas estejam livres.
Para motoristas de frotas, que lidam com prazos, a tentação de correr por um cruzamento pode ser grande. No entanto, priorizar a segurança evita consequências negativas para todas as partes envolvidas.
11. Sinalizar sempre que fizer uma manobra
A sinalização apropriada, por meio do uso de piscas, antes de mudar de faixa ou realizar uma manobra é uma prática fundamental que permite que outros motoristas antecipem suas ações e ajustem a sua condução conforme necessário.
Isso reduz as chances de colisões e facilita um trânsito mais suave.
Por mais que pareça um ato simples, a negligência na sinalização está entre as principais causas de pequenos acidentes, que podem se transformar em grandes problemas em vias movimentadas.
A telemetria como aliada para a segurança no trânsito
Além de conhecer as regras de trânsito para motoristas e as boas práticas para garantir a segurança no trânsito, os gestores podem utilizar tecnologias logísticas com a mesma finalidade.
A telemetria permite monitoramento remoto das práticas de direção e desempenho dos veículos. Isso se traduz em melhores decisões baseadas em dados e um gerenciamento de frotas mais preciso.
Esses sistemas fornecem informações valiosas sobre a eficiência do veículo, alertas sobre condução imprudente e relatórios de incidentes em tempo real.
Isso dá aos gestores a influência sobre a operação quase próxima de uma supervisão direta, permitindo correções imediatas quando necessário.
Para empresas logísticas, esses sistemas melhoram a segurança do motorista, oferecem economias de custo ao longo do tempo e asseguram que cumpram os padrões de segurança.
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Conclusão
Garantir um trânsito seguro é uma responsabilidade que demanda o esforço de todos os envolvidos.
No setor logístico, é preciso não só cumprir as normas de trânsito, mas também adotar tecnologias inovadoras, como a telemetria, que contribuem para a segurança.
A implementação das dicas discutidas ao longo deste artigo pode significar menos sinistros e mais eficiência na operação diária.
Uma frota bem gerida e segura não só beneficia a empresa em termos de custos e eficiência, mas também contribui para comunidades mais seguras.
Veja o que é e como fazer uma boa gestão de frotas!
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