A cibersegurança é um tema de extrema importância para as organizações, pois se trata da proteção dos dados e informações armazenados em sistemas digitais contra ataques virtuais.
Com o avanço da tecnologia e o advento da LGPD, ela se tornou uma área de grande destaque, pois os riscos que ameaçam a segurança das informações estão cada vez maiores.
Neste artigo, vamos abordar o que é cibersegurança, sua importância para as organizações, os tipos, as principais ameaças e muito mais.
Acompanhe!
O que é cibersegurança?
Também chamada de segurança cibernética, é a prática de proteger sistemas informáticos, redes e dados contra ataques maliciosos, roubo de informação e outras ameaças cibernéticas.
É uma área que envolve métodos avançados para detectar, monitorar, prevenir e mitigar as violações de segurança em computadores, servidores, dispositivos móveis e sistemas eletrônicos.
O report de segurança cibernética da Statista estima que a receita mundial de segurança cibernética, que totalizou US$ 167,3 bilhões em 2023, deve continuar crescendo até US$ 271,9 bilhões até 2029.
No primeiro semestre de 2024, conforme outra pesquisa da Statista, o mercado de cibersegurança no Brasil foi projetado para atingir US$ 2,96 bilhões em 2024.
Esses dados dão uma ideia da importância deste tema nos dias de hoje.
Qual a importância da cibersegurança para as empresas?
A segurança cibernética é fundamental para empresas de todos os portes, segmentos e atividades econômicas por ser um aspecto crítico para o sucesso de qualquer negócio. A perda ou comprometimento de dados pode gerar prejuízos financeiros significativos e comprometer a reputação da empresa.
Entre as principais razões que discriminam a importância da segurança em ambiente digital para as empresas, destacam-se:
- Proteção contra ameaças virtuais;
- Redução de custos devido à prevenção dos prejuízos financeiros decorrentes de ataques cibernéticos;
- Cumprimento das leis e regulamentações de proteção de dados pessoais, o que contribui para o aspecto de governança dos princípios ESG;
- Preservação da reputação da empresa e manutenção da confiança dos clientes, uma vez que impede os ataques cibernéticos que comprometem dados de clientes e impactam negativamente no negócio.
Por isso, é essencial que o gestor conheça tudo sobre cibersegurança no Brasil e no mundo para garantir que sua empresa consiga efetivar a proteção de redes, sistemas informáticos e dados contra as ameaças cibernéticas.
Quais são os tipos de cibersegurança?
A cibersegurança é uma área multifacetada, e cada um dos tipos de segurança cibernética aborda diferentes aspectos da proteção digital, o que é vital para empresas de todos os portes.
Uma abordagem abrangente garante não só a proteção, mas também promove a confiança dos clientes e parceiros.
Confira a seguir os tipos mais importantes:
Segurança de rede
A segurança de rede é responsável por monitorar as comunicações e proteger os dados transferidos entre computadores conectados à internet.
Essa proteção do tráfego de informações que circulam pela rede inclui o controle de acesso, a prevenção contra invasões e a detecção de atividades suspeitas.
Especialistas em cibersegurança que atuam na área de segurança de rede são, portanto, a primeira linha de defesa da empresa.
Segurança de aplicativos
A segurança de aplicativos refere-se à proteção de aplicativos e sistemas utilizados pela empresa.
Nesse departamento, o engenheiro de cibersegurança, por exemplo, faz a detecção e a correção de vulnerabilidades no código-fonte, a aplicação de atualizações de segurança, a implementação de autenticação e autorização, entre outras práticas.
Segurança da nuvem
A segurança da nuvem trata da proteção de dados e sistemas armazenados na nuvem.
Isso inclui a segurança da infraestrutura de nuvem, a proteção dos dados em trânsito e em repouso, a detecção e prevenção de acessos não autorizados, entre outras medidas.
Segurança de IA
A segurança de inteligência artificial (IA) envolve a proteção dos sistemas de IA contra ameaças únicas a essa tecnologia emergente.
Com a IA sendo usada para automatizar processos e melhorar a tomada de decisões, ela também pode ser alvo ou vetor de ataques.
Protegê-la significa assegurar que essas tecnologias não sejam manipuladas para produzir resultados incorretos ou mal-intencionados e garantam que os dados sensíveis usados em seus sistemas estejam seguros contra acessos indevidos.
Segurança de infraestrutura crítica
A segurança de infraestrutura crítica refere-se à proteção de ativos essenciais como energia, água, transporte e sistemas financeiros. É algo que constaria, por exemplo, em qualquer política nacional de cibersegurança.
Isso porque esses sistemas são fundamentais para o funcionamento da sociedade e, portanto, são alvos primários para ciberataques.
Implementar protocolos de segurança para essas infraestruturas é essencial para prevenir interrupções que poderiam resultar em consequências significativas para empresas e consumidores, garantindo a continuidade e segurança dos serviços essenciais.
Segurança móvel
A segurança móvel abrange a proteção de dispositivos como smartphones e tablets contra ameaças cibernéticas.
Com o aumento do uso de dispositivos móveis para acessar dados corporativos, garantir sua segurança tornou-se imprescindível.
Isso inclui a proteção contra aplicativos maliciosos, roubo de dados e acessos não autorizados, além de garantir que as comunicações móveis sejam seguras.
Segurança da informação e segurança de dados
A segurança da informação e de dados é fundamental para proteger a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados.
Para concretizá-la, é preciso adotar medidas para evitar violações que levem a acessos não autorizados, alteração ou destruição dos dados.
As empresas devem focar em políticas de segurança robustas e tecnologias como criptografia, controle de acesso e monitoramento contínuo para salvaguardar suas informações críticas e evitar danos à reputação e aos resultados financeiros.
Instrução do usuário final
Garantir a segurança de dados depende diretamente da conscientização dos usuários finais.
Por isso, a instrução do usuário final é o ensinamento de boas práticas na internet para evitar ataques maliciosos, golpes e roubos de informações.
No caso das empresas, estamos falando de educação e treinamento em segurança cibernética para funcionários.
Assim, eles conseguirão identificar possíveis ameaças, proteger informações sensíveis, evitar o uso de senhas fracas, e adotar práticas seguras na utilização de dispositivos e sistemas.
Após entender melhor o que é cibersegurança, seus exemplos e principais tipos, os gestores devem conhecer as ameaças mais comuns para combatê-las.
Ameaças comuns aplicadas contra a segurança cibernética
Em um cenário digital em constante evolução, as ameaças à cibersegurança no Brasil e no mundo são variadas e adaptativas, o que exige vigilância contínua e soluções inovadoras para mitigar riscos.
Entendê-las é o primeiro passo para desenvolver defesas eficazes, garantindo segurança operacional e proteção de dados.
Conheça os ciberataques mais comuns.
Ransomware
É um tipo de malware que bloqueia o acesso do usuário a um sistema ou a seus arquivos, e exige um resgate em troca da restauração do acesso. Em geral, utiliza-se técnicas de engenharia social (e-mails de phishing) para distribuir o ransomware.
Empresas devem adotar práticas de backup regular e treinamento dos funcionários para prevenir esses ataques, que podem resultar em perdas financeiras significativas e interrupção dos negócios.
Phishing
Phishing envolve a criação de sites falsos idênticos a uma organização legítima ou o envio de mensagens enganosas para enganar os destinatários, levando-os a fornecer informações sensíveis como senhas e dados pessoais.
Quando se fala em crimes contra a cibersegurança, os exemplos mais comuns são de phishing. Por isso, é preciso educar os funcionários sobre como identificar e evitar esses ataques para manter a segurança da empresa.
Cryptojacking
Cryptojacking é a prática de usar ilegalmente o computador de uma vítima para minerar criptomoedas, resultando em custos de recursos e eletricidade para a organização.
Para evitar esse ciberataque, as empresas devem realizar o monitoramento constante da rede e atualizações de segurança.
Malware
São programas maliciosos usados para danificar, destruir ou roubar dados de outros computadores sem o conhecimento ou consentimento do usuário. Vírus, worms, trojans, adwares, spywares e rootkits são tipos de malwares.
Soluções de segurança abrangentes, que incluem antivírus e monitoramento de rede, são essenciais para detectá-los e removê-los.
Roubo e abuso de credenciais
O roubo e abuso de credenciais é uma ameaça séria que envolve hackers acessando sistemas com credenciais de login legítimas.
Uma forma de combater a prática é implementar autenticação multifator e políticas de senha rigorosas.
Distributed denial-of-service (DDoS)
Ataques de Distributed Denial of Service (DDoS) visam sobrecarregar sistemas, tornando-os inacessíveis aos usuários legítimos.
Ao configurar defesas de rede para filtrar tráfegos suspeitos e responder rapidamente a esses ataques, a empresa consegue minimizar danos.
Ameaças internas
Ameaças internas incluem funcionários ou colaboradores que exploram informações sensíveis para ganho pessoal ou negligência.
Ao conversar com especialistas em cibersegurança, os exemplos sobre as ameaças internas são muito comuns, pois a força de trabalho humana é o elo mais fraco que possibilita os ataques.
Por isso, estabeleça políticas de acesso restritivo e monitore constantemente as atividades para mitigar esses riscos potenciais.
Ataques de IA
Ataques de IA utilizam tecnologias de inteligência artificial para identificar e explorar vulnerabilidades de uma maneira mais automatizada e eficaz.
Empresas devem adotar IA defensiva para prever comportamentos maliciosos e responder rapidamente a essas ameaças.
Ataques ‘man-in-the-middle’
Esses ataques ocorrem quando um invasor intercepta comunicações entre duas partes, potencialmente adulterando ou espiando a conversa.
A criptografia de ponta a ponta e os sistemas de autenticação fortes podem ajudar a proteger contra essa forma de cibercrime.
Injeção de SQL
A injeção de SQL é uma técnica usada para explorar falhas em aplicações que usam bancos de dados SQL.
A proteção contra esses ataques passa pela validação e sanitização constantes de entradas de usuários para assegurar a integridade dos sistemas de banco de dados.
Desafios enfrentados pelos profissionais de cibersegurança
Especialistas em cibersegurança enfrentam inúmeros desafios em seu dia a dia, à medida que o cenário digital continua a evoluir rapidamente.
Uma das principais dificuldades é acompanhar o surgimento constante de novas ameaças e vulnerabilidades, que exigem atualizações frequentes em suas estratégias de defesa.
Manter-se atualizado em relação às melhores práticas e tecnologias é importante para garantir a proteção dos sistemas de informação.
No entanto, ainda há outros desafios, como:
- Complexidade dos sistemas TI: sistemas cada vez mais complexos e interconectados aumentam a superfície de ataque, o que exige maior vigilância;
- Orçamentos limitados: muitas equipes de segurança cibernética operam com restrições financeiras, o que traz mais desafios para fazer mais com menos recursos;
- Escassez de talentos qualificados: o setor enfrenta uma falta de profissionais experientes, o que pode atrasar a implementação de medidas de segurança eficazes.
- Conformidade e regulamentações: a necessidade de adaptação contínua às mudanças regulatórias, como a LGPD, para atender a requisitos de conformidade pode ser uma tarefa onerosa.
Ao enfrentar esses desafios, os profissionais devem ser proativos e adaptáveis, desenvolvendo soluções criativas e integrando ferramentas avançadas, como inteligência artificial, para proteger as redes de forma eficaz.
Principais mitos que circulam sobre o tema
Existem muitos mitos em torno da cibersegurança no Brasil e no mundo que podem levar indivíduos e empresas a subestimarem os riscos envolvidos.
Um dos equívocos mais comuns é a ideia de que apenas grandes empresas são alvos de ataques cibernéticos. Na realidade, pequenas e médias empresas também enfrentam riscos significativos, muitas vezes devido a defesas menos robustas.
Outro mito recorrente é que ter um antivírus instalado é suficiente para garantir a segurança dos dados.
A frase “estamos protegidos por nosso provedor de internet” também é outro ponto sensível. Muitos acreditam que seu provedor oferece proteção completa, o que não é verdade.
E será que as senhas complexas são suficientes? importantes, senhas fortes não são a única linha de defesa e devem ser combinadas com autenticação multifator.
E o mito mais importante diz que a segurança cibernética é função somente da TI. Essa percepção ignora a responsabilidade compartilhada entre todos os funcionários.
Desmistificar esses mitos é importante para garantir que empresas e indivíduos adotem uma abordagem mais abrangente e realista à segurança cibernética, percebendo-a como uma prioridade organizacional que requer esforços contínuos e integrados.
Como proteger sua empresa contra ameaças virtuais?
Existem várias práticas que as empresas podem implementar para proteger seus dados e sistemas contra ameaças virtuais.
Algumas delas são bem comuns, como backups regulares, autenticação de dois fatores, criptografia de dados, atualização e monitoramento constante de softwares, aplicativos e sistemas operacionais, e uso de senhas fortes nas contas.
Outras ações importantes para garantir a cibersegurança nas empresas são:
- Atente-se à governança de dados, de modo que existam profissionais na empresa dedicados à privacidade e à gestão dos dados;
- Realize testes de penetração para avaliar a segurança de seus sistemas simulando um ataque real, identificar vulnerabilidades e tomar medidas para corrigi-las;
- Use assinaturas digitais, que utilizam o certificado digital, para evitar fraudes e garantir maior nível de segurança no processo de assinar documentos digitais;
- Faça um planejamento a partir dos princípios básicos das leis de cibersegurança, da análise das atividades empresariais, e da política de segurança da informação;
Além dessas ações, duas outras merecem maior destaque: a educação dos funcionários e a inteligência de ameaças cibernéticas.
Conforme o relatório DBIR da Verizon 2024, 68% das violações de dados são provenientes de elemento humano não malicioso, como uma pessoa que foi vítima de um ataque de engenharia social ou cometeu um erro.
Por isso, o treinamento dos funcionários é essencial para que estejam cientes das políticas e práticas de segurança da empresa e que tenham recebido treinamento sobre como evitar phishing e outras ameaças.
Implementar essas práticas pode ajudar a proteger sua empresa contra ameaças virtuais, mas lembre-se de que a segurança de TI é um esforço contínuo.
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Com essa plataforma centralizada, o gestor terá não só segurança, mas também agilidade e produtividade nas atividades empresariais.
Conclusão
A cibersegurança é um segmento da segurança da informação que foca na proteção de sistemas informáticos, redes e dados contra ameaças virtuais.
Com base nas leis brasileiras, as empresas podem adotar práticas para proteger sua infraestrutura e evitar prejuízos relevantes, como a interrupção dos negócios, causados pelos ataques cibernéticos.
Uma das maneiras de evitar esses incidentes é sempre conhecê-los a fundo. Conheça mais sobre o phishing, um dos métodos mais comuns aplicados contra a segurança cibernética!
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