A gestão de pessoas nunca foi tão desafiadora como será em 2025. A velocidade das mudanças tecnológicas, as expectativas das novas gerações e os modelos de trabalho híbridos estão transformando o jeito de trabalhar. Para quem lidera equipes, isso significa lidar com demandas que vão muito além do tradicional “contratar e gerenciar”.
Ignorar essas mudanças pode custar caro: empresas sem uma abordagem estratégica tendem a enfrentar altos índices de rotatividade, perda de competitividade e dificuldades para reter talentos. Por outro lado, aquelas que se antecipam e buscam formas de se adaptar têm a oportunidade de se destacar no mercado.
Engajamento em risco: o que está por trás da falta de motivação?
Colaboradores desmotivados não são apenas menos produtivos — eles também impactam o ambiente de trabalho, desestimulam outros colegas e podem manchar a reputação da empresa no mercado. Um time engajado, por outro lado, é a base para a inovação e o crescimento.
Os números comprovam a gravidade da situação: pesquisa da Gallup mostra que apenas 36% dos funcionários nos EUA estão ativamente engajados, enquanto no Brasil, o cenário é ainda mais preocupante. Além disso, um estudo da Aon Hewitt aponta que a rotatividade pode custar até 300% do salário anual do colaborador, considerando custos diretos e indiretos.
Mas, se engajar pessoas já era um desafio, imagine em uma época onde tantas distrações externas e incertezas pairam sobre todos. Não se trata somente de oferecer bons salários. Reconhecimento, clareza nos objetivos e a conexão com o propósito da empresa são pontos fundamentais.
- Falta de reconhecimento: não é raro encontrar empresas onde o esforço passa despercebido, minando a confiança dos colaboradores e aumentando a chance de busca por outras oportunidades onde se sintam valorizados.
- Comunicação truncada: se os líderes não são claros sobre o que esperam ou falham em dar feedback, a equipe fica perdida, e os resultados sofrem.
- Ausência de propósito: cada vez mais, as pessoas querem se sentir parte de algo maior. Sem isso, o trabalho vira apenas uma obrigação sem significado.
Então, o que fazer na prática?
Simples; em vez de soluções complicadas, comece com pequenos passos. Reconheça o trabalho do seu time em momentos importantes, seja mais direto nas conversas sobre metas e objetivos, e mostre como cada atividade contribui para algo maior. Transparência e uma boa dose de empatia fazem toda a diferença.
Transformação digital: um tsunami à vista
A inteligência artificial e a automação já estão mudando o jeito de trabalhar, mas o impacto real ainda está por vir. O Fórum Econômico Mundial estima que 50% dos trabalhadores precisarão de requalificação até 2025, enquanto um estudo da McKinsey alerta que 375 milhões de pessoas no mundo podem ter seus empregos afetados pela automação até 2030.
O problema é que muitas empresas ainda não estão preparadas para isso — ou subestimam o impacto que a tecnologia pode ter no seu negócio.
Pense por um momento como será operar um equipamento de última geração sem ter o treinamento necessário. É assim que muitos colaboradores se sentem ao encarar novas ferramentas e processos. Para evitar essa sensação de frustração, as empresas precisam adotar uma abordagem mais humana e proativa para a capacitação.
Barreiras que precisam ser superadas:
- Muitos profissionais ainda resistem às mudanças por medo de perderem seus empregos para máquinas ou por não se sentirem preparados para o novo.
- Falta de planejamento das empresas em identificar quais habilidades serão essenciais no futuro.
- Investimentos em treinamento que muitas vezes não acompanham o ritmo das transformações.
Como sua empresa pode se preparar:
Comece criando uma cultura de aprendizado. Disponibilize treinamentos acessíveis e alinhados às novas demandas do mercado, incentive a troca de conhecimentos entre as equipes e aproveite a tecnologia a seu favor. Plataformas de aprendizado personalizadas, que utilizam inteligência artificial para direcionar conteúdos específicos, são excelentes aliadas.
Saúde mental: um problema que não pode ser ignorado
A saúde mental dos colaboradores está cada vez mais em evidência, mas ainda é um tabu em muitas empresas. No entanto, os números são alarmantes: a OMS estima que problemas como ansiedade e depressão geram um custo global de US$ 1 trilhão em perda de produtividade por ano. No Brasil, 72% dos profissionais sofrem com os impactos do estresse, segundo a ISMA-BR.
Empresas que negligenciam o bem-estar emocional de seus times, além de enfrentarem altos índices de absenteísmo e turnover, também comprometem a qualidade do trabalho entregue.
Fatores que agravam o problema:
- Cultura de excesso de trabalho: a busca constante por resultados e a competitividade podem gerar jornadas longas e intensas, que acabam levando ao desgaste físico e emocional, resultando em casos de exaustão e burnout.
- Falta de suporte e reconhecimento: quando gestores não apoiam ou valorizam os esforços da equipe, isso cria um ambiente de insegurança e contribui para o aumento do estresse e da ansiedade.
- Assédio moral e discriminação: práticas abusivas e preconceitos dentro do ambiente de trabalho impactam não só a saúde mental dos colaboradores, mas também o clima organizacional como um todo.
- Dificuldade em conciliar vida profissional e pessoal: a falta de flexibilidade no dia a dia faz com que os colaboradores se sintam sobrecarregados ao tentar equilibrar as demandas do trabalho com as da vida pessoal, aumentando o nível de estresse.
Como promover a saúde mental?
- Adicionar programas de bem-estar: disponibilize acesso a serviços como apoio psicológico e práticas de meditação ou mindfulness. Incentive hábitos saudáveis e realize campanhas que promovam a conscientização sobre saúde mental, além de oferecer suporte personalizado para quem precisar.
- Promover um ambiente de trabalho positivo: combata qualquer forma de assédio e discriminação, priorize o respeito e a igualdade entre os colaboradores, e crie espaços para relaxamento e convivência. Atitudes simples, como incentivar o trabalho em equipe e valorizar contribuições individuais, ajudam muito.
- Fomentar a flexibilidade: dê aos colaboradores mais autonomia para controlar seus horários e decidir de onde querem trabalhar. Com isso, é possível aliviar a sobrecarga e melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
- Capacitar os líderes: invista no treinamento de gestores para que eles saibam identificar sinais de problemas emocionais e possam agir de forma empática e proativa. Uma liderança que valoriza o bem-estar dos colaboradores faz toda a diferença para a saúde mental do time.
Legislação trabalhista: erros simples, custos altos
Erros na gestão de jornada, cálculo de férias ou benefícios podem até parecer detalhes, mas têm o potencial de causar grandes problemas para as empresas. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), mais de 5 milhões de ações trabalhistas são registradas todos os anos no Brasil. E, embora muitas delas acabem sendo resolvidas por meio de acordos, o impacto financeiro e emocional para os envolvidos é significativo.
A legislação trabalhista está em constante mudança, e tentar acompanhar essas atualizações de forma manual é um grande desafio. Por isso, investir em tecnologia e processos bem estruturados deixou de ser apenas uma vantagem competitiva — agora, é uma questão de sobrevivência no mercado.
Os desafios da conformidade
- Mudanças constantes na legislação: as leis trabalhistas mudam com frequência, exigindo das empresas um acompanhamento contínuo para evitar erros.
- Complexidade das regras: muitos pontos da legislação exigem conhecimento técnico e atenção aos detalhes, o que pode gerar confusões na aplicação prática.
- Riscos de passivos trabalhistas: pequenos deslizes na gestão de pessoas, como atrasos em pagamentos ou cálculos incorretos, podem se transformar em grandes passivos, com implicações financeiras e jurídicas graves.
- Dificuldade em manter registros atualizados: a gestão de documentos e informações trabalhistas precisa ser precisa e organizada, mas isso nem sempre é fácil de implementar sem os sistemas adequados.
Então, como garantir a conformidade legal?
- Utilizando sistemas de gestão de pessoas atualizados: adote plataformas que automatizam o controle de folha de pagamento, jornada, férias e benefícios. Sistemas com atualizações automáticas ajudam a acompanhar mudanças na legislação sem esforço manual.
- Contar com assessoria jurídica especializada: ter o suporte de profissionais atualizados sobre as melhores práticas trabalhistas é fundamental para evitar erros. Além disso, uma equipe jurídica bem informada ajuda a esclarecer dúvidas antes que elas se tornem problemas.
- Promover treinamentos para gestores e colaboradores: capacitar a equipe para entender e aplicar as normas trabalhistas reduz riscos. Treinamentos regulares garantem que todos estejam alinhados às políticas da empresa e às leis vigentes.
- Manter registros precisos e organizados: a transparência é essencial. Utilize ferramentas que centralizem as informações trabalhistas de forma segura e acessível, evitando falhas ou perdas de dados importantes.
Diversidade e inclusão: um caminho para a inovação e o crescimento
Ter uma equipe diversa e inclusiva vai muito além da responsabilidade social. Hoje, é um diferencial competitivo que fortalece as empresas no mercado global. Empresas que valorizam a diversidade conseguem atrair mais talentos e, ao mesmo tempo, aumentar sua capacidade de inovar. Um estudo da Boston Consulting Group (BCG) revela que equipes diversas geram 19% mais receita proveniente de inovação.
Apesar disso, muitas organizações ainda encontram dificuldades para implementar políticas de inclusão efetivas. Superar vieses inconscientes, promover um ambiente realmente acolhedor e medir os impactos dessas ações exige comprometimento, ferramentas adequadas e um esforço contínuo. Empresas que não avançarem nesse sentido podem acabar estagnadas, perdendo talentos e oportunidades valiosas.
Os obstáculos no caminho
- Vieses inconscientes: mesmo sem perceber, gestores e colaboradores podem tomar decisões influenciadas por preconceitos, como na contratação, promoção ou definição de salários. Isso perpetua desigualdades e impede a inclusão verdadeira.
- Falta de representatividade: quando grupos minoritários estão ausentes, especialmente em posições de liderança, a diversidade de ideias e perspectivas fica limitada, reduzindo a criatividade e a inovação.
- Cultura não inclusiva: um ambiente onde as diferenças não são valorizadas pode se tornar tóxico, levando a discriminação, assédio e uma alta rotatividade de talentos.
- Dificuldade em medir resultados: sem métricas claras, é difícil avaliar se as iniciativas de diversidade estão realmente gerando impacto ou precisam ser ajustadas.
Como promover a diversidade e inclusão de forma prática?
- Defina metas claras: estabeleça objetivos concretos para aumentar a diversidade nos diferentes níveis da empresa. Por exemplo, implemente metas específicas para a contratação de pessoas de grupos sub-representados e acompanhe os progressos com prazos definidos.
- Promova a conscientização: capacite gestores e equipes com treinamentos sobre vieses inconscientes, micro agressões e discriminação. Esse tipo de educação ajuda a criar um ambiente mais acolhedor e empático.
- Reavalie os canais de recrutamento: use plataformas e parcerias que facilitem o alcance de públicos diversos. Por exemplo, colabore com ONGs ou instituições especializadas em inclusão de minorias.
- Crie espaços inclusivos: estimule diálogos abertos sobre diversidade e crie oportunidades para que colaboradores compartilhem suas perspectivas e vivências. Celebrar as diferenças fortalece a conexão entre os times.
- Use ferramentas tecnológicas: soluções específicas de gestão de talentos podem ajudar a identificar, desenvolver e acompanhar o progresso de iniciativas relacionadas à diversidade. Além disso, plataformas de análise de dados permitem mensurar o impacto dessas ações de maneira eficiente.
RH da TOTVS: o parceiro ideal para criar um ambiente inclusivo
Incluir não é só ter boas intenções. É agir de forma estratégica e consistente. Com o RH da TOTVS, sua empresa terá as ferramentas certas para colocar a diversidade em prática, acompanhar os resultados e transformar desafios em oportunidades reais.
Nossas soluções combinam tecnologia avançada com análises estratégicas para ajudar você a:
- Eliminar vieses inconscientes no recrutamento e seleção, automatizando processos de forma justa e eficiente;
- Engajar equipes diversas com ferramentas que analisam o clima organizacional e apontam onde melhorar;
- Garantir que suas práticas estejam alinhadas às políticas de inclusão e à legislação vigente;
- Monitorar resultados com dados claros, ajustando as iniciativas de diversidade de forma precisa e objetiva.
Com práticas inclusivas bem estruturadas, sua empresa cria um ambiente mais justo, fomenta a inovação e conquista um espaço de destaque em um mercado que valoriza a diversidade.
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