Inovação aberta: como criar um ecossistema de crescimento para sua empresa e seu setor

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 24 junho, 2024

A inovação aberta é um conceito que vem sendo aplicado por grandes varejistas e está promovendo crescimento em vários players do setor.

Trata-se de um paradigma que rompe as fronteiras organizacionais, permitindo que empresas do varejo colaborem com parceiros externos, pesquisadores e startups para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e soluções.

Alguns exemplos  incluem parcerias estratégicas para o desenvolvimento de softwares de gestão avançados, que otimizam a cadeia produtiva e aumentam a eficiência operacional. 

Para implementar a inovação aberta, é fundamental criar um ecossistema que favoreça o intercâmbio de conhecimentos, alinhando os objetivos estratégicos com a cultura de colaboração e a capacidade de absorver inovações externas.

Veja como funciona esse conceito, na prática, o que você precisa para implementar e alguns exemplos reais de empresas que se beneficiaram dessas técnicas.

O que é inovação aberta?

Inovação aberta é um conceito onde o conhecimento flui além das fronteiras tradicionais de uma empresa, envolvendo a colaboração mútua com entidades externas. 

Isso cria um ecossistema de troca de informações, conhecimentos, ferramentas e afins que potencializam os processos operacionais de todos os envolvidos.

Este modelo incentiva principalmente os lojistas a se beneficiarem de ideias, insights e tecnologias que não se originam internamente, mas são frutos de uma rede mais ampla de contribuições.

Essa troca de informações entre diferentes players – incluindo fornecedores, clientes, concorrentes, acadêmicos e até startups tecnológicas – favorece uma visão mais diversificada e muitas vezes disruptiva.

Assim, é possível impulsionar a inovação de produtos, serviços e estratégias de gestão dentro do seu mercado de atuação, especialmente no que diz respeito à eficiência da cadeia produtiva.

Como surgiu o conceito?

O conceito de inovação aberta foi cunhado pelo economista Henry Chesbrough no início dos anos 2000. 

Ele identificou uma mudança paradigmática na forma como as empresas inovavam: saindo de modelos fechados e secretos para um processo mais permeável e colaborativo. 

A ideia central é que, em um mundo abundante em conhecimento, as organizações devem utilizar fluxos de informação externos e internos para acelerar a inovação.

Com isso, levam novos produtos ao mercado com maior rapidez e eficiência, desafiando os modelos tradicionais e impulsionando a competitividade.

Como funciona esse modelo de gestão empresarial?

O modelo de gestão empresarial baseado na inovação aberta funciona sob a premissa de que as ideias podem e devem transcender as barreiras corporativas. 

Ou seja, é uma visão que considera os concorrentes como parte da cadeia produtiva do mercado e que seus insights são valiosos para fortalecer o setor como um todo.

Ao adotar essa abordagem, as empresas do varejo da moda buscam ativamente conhecimento externo para complementar suas competências internas. 

Elas estabelecem alianças estratégicas, participam de incubadoras, investem em startups ou utilizam crowdsourcing para captar inovações. 

Por meio de plataformas tecnológicas e softwares modernos, essas empresas gerenciam uma cadeia produtiva integrada e receptiva às novidades.

Isso cria um ambiente de trocas contínua de insights e acelera o ciclo de inovação em seus negócios.

Tipos de inovação aberta

A inovação aberta se desdobra em diversas modalidades, cada uma adaptável às necessidades e recursos de uma empresa. 

A seguir, vemos os tipos principais que os lojistas do varejo podem considerar para impulsionar sua gestão produtiva.

  • Inbound: A captação de ideias e tecnologias externas sem ceder os próprios recursos internos.
  • Outbound: O compartilhamento ou licenciamento de inovações internas com outras organizações.
  • Coupled: A combinação dos métodos inbound e outbound, criando sinergias por meio de parcerias e colaborações.

Qual a diferença entre inovação aberta e fechada?

A inovação fechada traduz-se por um processo onde as empresas dependem estritamente dos seus recursos internos para a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e serviços. 

Neste modelo, todas as etapas da criação até a comercialização são controladas internamente, e o conhecimento externo tem um papel limitado ou nenhum. 

A inovação aberta é oposta a isso, e as empresas compartilham informações relevantes com fornecedores e por vezes concorrentes em prol de um avanço do mercado em que estão inseridos.

Isso agrega uma impulsão individual no negócio e no mercado onde todos os players se beneficiam de alguma forma, e principalmente o cliente que tem  melhores produtos e serviços a sua disposição.

Conheça as vantagens e desvantagens do open innovation

Explorar o conceito de open innovation ou inovação aberta, traz uma gama de vantagens competitivas, mas também desafios a serem superados.

 A seguir, vamos detalhar quais são os benefícios e as possíveis armadilhas dessa abordagem inovadora, confira:

Vantagens

A inovação aberta oferece vantagens significativas, incluindo a aceleração do desenvolvimento de produtos, a diversificação de ideias e o acesso a novos mercados. 

Implementá-la potencializa a criatividade e a eficiência, promovendo a sinergia entre diferentes competências e diluindo o risco inerente ao processo de inovação.

Desvantagens

Embora a inovação aberta apresente um robusto potencial, ela não está desprovida de desafios. 

A implementação requer cuidadosa gestão de propriedade intelectual e compartilhamento de informações sensíveis. 

Pode existir também uma resistência cultural à mudança dentro da própria empresa, dificultando a adoção de ideias externas. 

Há um receio de alguns empreendedores de que inovação aberta é revelar seus segredos, mas não é bem assim.

A Coca-Cola não precisa revelar a sua receita para Pepsi, porém pode compartilhar informações sobre maquinários mais eficientes para engarrafamento das bebidas, por exemplo.

Além disso, a colaboração com terceiros envolve alinhar objetivos e expectativas distintas, o que pode representar um desafio na coordenação e integração efetiva das inovações na cadeia produtiva existente.

Por fim, ainda há algumas limitações tecnológicas para várias empresas conseguirem implementar esse conceito no seu dia a dia, e para isso devem buscar soluções que caibam no orçamento.

Como as empresas podem implementar a inovação aberta?

Para varejistas e empresas que buscam implementar a inovação aberta, o primeiro passo é adotar uma mentalidade receptiva a ideias externas e parcerias colaborativas. 

A criação de um ambiente que estimula a criação em conjunto é essencial, o que pode ser alcançado via:

  • Estabelecimento de Parcerias: Conectar-se com universidades, institutos de pesquisa, startups e até concorrentes, pode proporcionar um influxo de novas ideias e tecnologias;
  • Investimento em Tecnologia: Implementar plataformas de gestão que facilitem a colaboração e o compartilhamento de informações em tempo real entre diferentes stakeholders;
  • Cultura Organizacional: Fomentar uma cultura que valoriza a inovação e a experimentação, incentivando a equipe a buscar soluções inovadoras e a estar aberta às mudanças;
  • Processos Flexíveis: Desenvolver processos que permitam a rápida adaptação e integração de ideias inovadoras na cadeia produtiva.

Ao seguir esses passos, os empreendedores podem se posicionar para liderar em um mercado em constante evolução.

Aproveitando a inovação aberta para criar um ecossistema robusto de crescimento e desenvolvimento contínuos, toda a cadeia produtiva se beneficia e cresce junto.

Exemplos de inovação aberta

A inovação aberta é ilustrada por vários casos de sucesso no mundo empresarial. Confira alguns exemplos específicos que evidenciam a eficácia dessa abordagem na transformação e sucesso das organizações:

Natura

A empresa brasileira Natura é um exemplo primoroso de inovação aberta no cenário do varejo cosmético. 

Com um forte compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento social, a Natura se destaca por sua abordagem colaborativa em pesquisa e desenvolvimento. 

Ela estabelece parcerias via seu projeto Natura Campus, com comunidades locais, universidades e centros de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos, compartilhando não apenas benefícios econômicos, mas também conhecimento e tecnologia.

Essa troca de informações permite que a Natura acesse vasto conhecimento sobre a biodiversidade brasileira, utilizando-o para criar produtos inovadores que ressoam com um público consciente do ponto de vista social e ecológico. 

Além disso, a iniciativa de inovação aberta Natura Start Ups impulsiona a cadeia produtiva da empresa a se tornar mais sustentável e eficiente, financiando ideias disruptivas para o mercado.

Ambev

A gigante brasileira Ambev, uma das maiores cervejarias do mundo, destaca-se no panorama da inovação aberta ao promover a colaboração efetiva com startups, empreendedores e comunidades científicas. 

Acompanhando o ritmo acelerado do mercado de bebidas, a Ambev busca, por meio de programas específicos de aceleração e parcerias estratégicas, integrar soluções inovadoras em sua cadeia produtiva e operações de negócios. 

Com a Ambev Tech, a gigante do setor de bebidas faz investimentos constante em start ups a fim de desenvolver inovações para o setor de modo geral, inclusive foi premiada por tal iniciativa.

Com esse engajamento proativo, a empresa visa não apenas otimizar processos, como também desenvolver produtos mais sustentáveis e experiências de consumo aprimoradas. 

Dessa forma, a Ambev se posiciona na vanguarda do seu setor, aproveitando a inovação aberta para fomentar uma cultura de melhorias contínuas, agilidade e excelência operacional.

P&G

A Procter & Gamble (P&G), multinacional americana conhecida pelos seus vastos produtos de consumo, adotou a inovação aberta como uma estratégia para impulsionar seu crescimento e desenvolvimento. 

Com seu programa “Connect + Develop”, a P&G busca ideias em todo o mundo para melhorar suas linhas de produtos existentes e criar novos. 

A empresa não apenas olha para o interior de seu imenso pool de recursos de P&D, mas abre as portas para inventores, cientistas, engenheiros e outros pensadores criativos externos. 

Essa abordagem permitiu à P&G lançar produtos revolucionários no mercado mais rapidamente do que teria sido possível por meio de métodos tradicionais de pesquisa interna.

Com isso, a gigante do varejo mundial, otimiza sua cadeia de inovação e mantém a liderança no mercado competitivo.

iDEXO: o ecossistema de inovação da TOTVS

Em um mercado cada vez mais baseado na rápida adaptação e implementação de soluções inovadoras, conhecer e integrar-se a ecossistemas de inovação é uma jogada estratégica fundamental para sua empresa. 

Com esta visão, o iDEXO é o ecossistema de inovação da TOTVS, projetado para conectar empreendedores, desenvolvedores e startups às tecnologias necessárias para uma gestão eficiente e moderna.

Com o iDEXO, você terá acesso a uma plataforma que reúne não apenas software de gestão de ponta, mas também um ambiente colaborativo para o desenvolvimento de soluções inovadoras que podem revolucionar o seu negócio. 

Confira todos os detalhes do iDEXO, a solução da TOTVS para implementação eficiente de um ecossistema de inovação aberta na sua operação, independentemente do tamanho.

Conclusão

Vimos o conceito de inovação aberta, sua origem, os tipos existentes e como as empresas podem implementá-lo efetivamente em sua gestão. 

Vimos que abrir as portas para ideias externas e colaborações pode aprimorar significativamente a eficiência e a produtividade, sobretudo no dinâmico setor do varejo. 

Entendemos ainda a diferença crucial entre inovação aberta e fechada e as vantagens e desafios que acompanham esta abordagem moderna.

As soluções TOTVS oferecem as ferramentas necessárias para adotar a inovação aberta em seu negócio com o iDEXO

Nossa plataforma possibilita uma cadeia produtiva mais ágil e conectada para que sua operação se beneficie dos conceitos da inovação aberta.

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