A educação sempre busca maneiras de melhorar a qualidade do ensino e promover o aprendizado significativo: e, nesse contexto, a Taxonomia de Bloom surge como uma ferramenta essencial.
Ela é uma classificação que serve para estruturar objetivos educacionais e entender o processo de aprendizagem em profundidade.
As aplicações da Taxonomia de Bloom vão desde a sala de aula tradicional até treinamentos corporativos, mostrando-se uma metodologia flexível e essencial para educadores e gestores.
E vamos falar tudo sobre ela no artigo abaixo! Acompanhe para entender melhor os objetivos dessa classificação e como funciona o processo.
Leia também: Metodologias ativas de aprendizagem: o que são e 15 tipos
O que é o processo de Taxonomia de Bloom?
A Taxonomia de Bloom é uma classificação de objetivos educacionais criada por Benjamin Bloom, educador e psicólogo americano, em 1956.
Seu principal objetivo é organizar as metas de aprendizagem em níveis hierárquicos, facilitando o planejamento de atividades didáticas e a avaliação do progresso dos alunos.
A metodologia foi desenvolvida para ajudar educadores a identificar não apenas o que os alunos devem aprender, mas também como eles aprendem, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras.
Taxonomia de Bloom: objetivos educacionais
Objetivos educacionais são metas que descrevem o que se espera que os alunos aprendam, compreendam ou sejam capazes de realizar ao final de um curso, aula ou programa.
Na usando o método de Bloom, esses objetivos vão além de memorizar informações, incorporando também habilidades de análise, aplicação, avaliação e criação, bem como atitudes e competências motoras.
Com essa metodologia, professores conseguem ser orientados a criar estratégias pedagógicas alinhadas aos diferentes níveis de compreensão e habilidades dos alunos.
Ainda, ao dividir os objetivos em níveis, a Taxonomia de Bloom permite que educadores avaliem o desempenho dos alunos de forma mais objetiva e eficiente.
Quais são os três grandes domínios da Taxonomia de Bloom?
A Taxonomia de Bloom é tradicionalmente dividida em três domínios principais: cognitivo, afetivo e psicomotor.
Cada domínio aborda diferentes aspectos do aprendizado.
Domínio cognitivo
No domínio cognitivo, os objetivos estão relacionados à aquisição e utilização do conhecimento.
Aqui, espera-se que os alunos evoluam da simples memorização de fatos para a aplicação prática e, posteriormente, à criação de novas ideias ou soluções.
Um bom exemplo de aplicação seria em uma aula de ciências, onde o objetivo pode ser “analisar os fatores que influenciam o ciclo da água”.
Domínio afetivo
Aqui, os objetivos educacionais estão voltados para as atitudes, sentimentos e valores dos alunos.
Isso inclui desde a recepção de novas ideias até a incorporação de valores éticos em suas ações.
Em uma palestra sobre ética, por exemplo, um objetivo pode ser “valorizar a importância do respeito às diferenças culturais no ambiente de trabalho”.
Domínio psicomotor
Neste domínio, os objetivos focam no desenvolvimento de habilidades práticas e na coordenação motora.
Esses objetivos são especialmente úteis em áreas como educação física, música ou treinamentos técnicos.
Tendo como exemplo um curso de enfermagem, um objetivo pode ser “demonstrar a técnica correta de administração intravenosa”.
Como aplicar a Taxonomia de Bloom na prática?
Aplicar essa taxonomia na prática envolve transformar seus princípios teóricos em estratégias concretas que orientem o aprendizado progressivo.
Separamos a seguir os passos para usar essa metodologia no dia a dia pedagógico:
- Defina objetivos claros: determine o que os alunos devem aprender em cada etapa.
- Escolha estratégias alinhadas: planeje atividades que estimulem habilidades diferentes, como debates (análise), projetos criativos (criação) ou questionários (lembrança).
- Use diferentes métodos de avaliação: combine provas objetivas, apresentações e trabalhos práticos para abranger todos os domínios.
- Promova o feedback contínuo: avalie os alunos regularmente e ofereça retornos que os ajudem a avançar para o próximo nível.
Vamos supor que a escola esteja trabalhando em um projeto cujo tema são as energias renováveis; para aplicar a Taxonomia de Bloom nesse caso, um bom checklist seria:
- Lembrar: a turma deve listar os principais tipos de energias renováveis (eólica, solar, hidrelétrica);
- Compreender: eles devem explicar como cada uma delas funciona e quais são suas vantagens;
- Aplicar: aqui, deve-se resolver problemas sobre como implementar energia solar em uma residência;
- Avaliar: discutem-se os impactos ambientais e sociais de uma matriz energética baseada em fontes renováveis;
- Criar: os alunos desenvolvem um projeto de instalação de painéis solares para um bairro sustentável.
Por que a Taxonomia de Bloom é relevante até hoje?
A Taxonomia de Bloom continua relevante porque oferece uma estrutura clara para planejar, executar e avaliar o ensino em diversos contextos.
Ela ajuda a promover o desenvolvimento de habilidades além da memorização, como o pensamento crítico e criativo, essenciais para resolver problemas complexos.
Ainda, sua flexibilidade permite que seja aplicada tanto em escolas quanto em ambientes corporativos, adaptando-se às necessidades de diferentes públicos.
Ao organizar os objetivos de aprendizagem em níveis, a Taxonomia facilita o aprendizado progressivo, o engajamento dos alunos e a personalização das estratégias de ensino.
Sua utilidade na elaboração de avaliações alinhadas ao aprendizado e no estímulo à inclusão e diversificação de métodos de ensino reforça sua importância, mesmo em um cenário educacional em constante evolução.
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Conclusão
Em resumo, a Taxonomia de Bloom continua sendo uma ferramenta indispensável no campo educacional, permitindo que professores, educadores corporativos e outros profissionais planejem e avaliem o aprendizado de forma estruturada e eficaz.
Sua abordagem holística oferece uma base sólida para o desenvolvimento integral dos alunos, promovendo não apenas o domínio de conhecimentos, mas também habilidades emocionais e práticas essenciais para o mundo atual.
Seja no ensino fundamental, médio, superior ou corporativo, ela é uma metodologia atemporal que transforma o processo de ensino e aprendizagem em uma experiência rica e significativa.
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