Taxonomia de Bloom: tudo o que você precisa saber

Escrito por Equipe TOTVS
Última atualização em 16 dezembro, 2024

A educação sempre busca maneiras de melhorar a qualidade do ensino e promover o aprendizado significativo: e, nesse contexto, a Taxonomia de Bloom surge como uma ferramenta essencial.

Ela é uma classificação que serve para estruturar objetivos educacionais e entender o processo de aprendizagem em profundidade.

As aplicações da Taxonomia de Bloom vão desde a sala de aula tradicional até treinamentos corporativos, mostrando-se uma metodologia flexível e essencial para educadores e gestores.

E vamos falar tudo sobre ela no artigo abaixo! Acompanhe para entender melhor os objetivos dessa classificação e como funciona o processo.

Leia também: Metodologias ativas de aprendizagem: o que são e 15 tipos

O que é o processo de Taxonomia de Bloom?

A Taxonomia de Bloom é uma classificação de objetivos educacionais criada por Benjamin Bloom, educador e psicólogo americano, em 1956. 

Seu principal objetivo é organizar as metas de aprendizagem em níveis hierárquicos, facilitando o planejamento de atividades didáticas e a avaliação do progresso dos alunos.

A metodologia foi desenvolvida para ajudar educadores a identificar não apenas o que os alunos devem aprender, mas também como eles aprendem, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas e psicomotoras.

Taxonomia de Bloom: objetivos educacionais

Objetivos educacionais são metas que descrevem o que se espera que os alunos aprendam, compreendam ou sejam capazes de realizar ao final de um curso, aula ou programa. 

Na usando o método de Bloom, esses objetivos vão além de memorizar informações, incorporando também habilidades de análise, aplicação, avaliação e criação, bem como atitudes e competências motoras.

Com essa metodologia, professores conseguem ser orientados a criar estratégias pedagógicas alinhadas aos diferentes níveis de compreensão e habilidades dos alunos.

Ainda, ao dividir os objetivos em níveis, a Taxonomia de Bloom permite que educadores avaliem o desempenho dos alunos de forma mais objetiva e eficiente.

Quais são os três grandes domínios da Taxonomia de Bloom?

A Taxonomia de Bloom é tradicionalmente dividida em três domínios principais: cognitivo, afetivo e psicomotor. 

Cada domínio aborda diferentes aspectos do aprendizado.

Domínio cognitivo

No domínio cognitivo, os objetivos estão relacionados à aquisição e utilização do conhecimento. 

Aqui, espera-se que os alunos evoluam da simples memorização de fatos para a aplicação prática e, posteriormente, à criação de novas ideias ou soluções.

Um bom exemplo de aplicação seria em uma aula de ciências, onde o objetivo pode ser “analisar os fatores que influenciam o ciclo da água”.

Domínio afetivo

Aqui, os objetivos educacionais estão voltados para as atitudes, sentimentos e valores dos alunos. 

Isso inclui desde a recepção de novas ideias até a incorporação de valores éticos em suas ações.

Em uma palestra sobre ética, por exemplo, um objetivo pode ser “valorizar a importância do respeito às diferenças culturais no ambiente de trabalho”.

Domínio psicomotor

Neste domínio, os objetivos focam no desenvolvimento de habilidades práticas e na coordenação motora. 

Esses objetivos são especialmente úteis em áreas como educação física, música ou treinamentos técnicos.

Tendo como exemplo um curso de enfermagem, um objetivo pode ser “demonstrar a técnica correta de administração intravenosa”.

Como aplicar a Taxonomia de Bloom na prática?

Aplicar essa taxonomia na prática envolve transformar seus princípios teóricos em estratégias concretas que orientem o aprendizado progressivo. 

Separamos a seguir os passos para usar essa metodologia no dia a dia pedagógico:

  1. Defina objetivos claros: determine o que os alunos devem aprender em cada etapa.
  2. Escolha estratégias alinhadas: planeje atividades que estimulem habilidades diferentes, como debates (análise), projetos criativos (criação) ou questionários (lembrança).
  3. Use diferentes métodos de avaliação: combine provas objetivas, apresentações e trabalhos práticos para abranger todos os domínios.
  4. Promova o feedback contínuo: avalie os alunos regularmente e ofereça retornos que os ajudem a avançar para o próximo nível.

Vamos supor que a escola esteja trabalhando em um projeto cujo tema são as energias renováveis; para aplicar a Taxonomia de Bloom nesse caso, um bom checklist seria:

  • Lembrar: a turma deve listar os principais tipos de energias renováveis (eólica, solar, hidrelétrica);
  • Compreender: eles devem explicar como cada uma delas funciona e quais são suas vantagens;
  • Aplicar: aqui, deve-se resolver problemas sobre como implementar energia solar em uma residência;
  • Avaliar: discutem-se os impactos ambientais e sociais de uma matriz energética baseada em fontes renováveis;
  • Criar: os alunos desenvolvem um projeto de instalação de painéis solares para um bairro sustentável.

Por que a Taxonomia de Bloom é relevante até hoje?

A Taxonomia de Bloom continua relevante porque oferece uma estrutura clara para planejar, executar e avaliar o ensino em diversos contextos

Ela ajuda a promover o desenvolvimento de habilidades além da memorização, como o pensamento crítico e criativo, essenciais para resolver problemas complexos.

Ainda, sua flexibilidade permite que seja aplicada tanto em escolas quanto em ambientes corporativos, adaptando-se às necessidades de diferentes públicos. 

Ao organizar os objetivos de aprendizagem em níveis, a Taxonomia facilita o aprendizado progressivo, o engajamento dos alunos e a personalização das estratégias de ensino.

Sua utilidade na elaboração de avaliações alinhadas ao aprendizado e no estímulo à inclusão e diversificação de métodos de ensino reforça sua importância, mesmo em um cenário educacional em constante evolução.

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Conclusão

Em resumo, a Taxonomia de Bloom continua sendo uma ferramenta indispensável no campo educacional, permitindo que professores, educadores corporativos e outros profissionais planejem e avaliem o aprendizado de forma estruturada e eficaz. 

Sua abordagem holística oferece uma base sólida para o desenvolvimento integral dos alunos, promovendo não apenas o domínio de conhecimentos, mas também habilidades emocionais e práticas essenciais para o mundo atual.

Seja no ensino fundamental, médio, superior ou corporativo, ela é uma metodologia atemporal que transforma o processo de ensino e aprendizagem em uma experiência rica e significativa.

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