O Plano de Desenvolvimento Individual, ou apenas PDI, é uma ferramenta essencial para que empresas possam melhorar o seu quadro de colaboradores promovendo a constante melhoria das equipes.
É usado pelo setor de RH para identificar quais os pontos fortes e fracos dos funcionários, para indicar treinamentos específicos ou mudar de cargo a fim de aproveitar suas potencialidades.
Os desafios atuais para fazer esse desenvolvimento individual com eficiência, passam por novas formas de trabalho, como home office, inteligência artificial, necessidade por novos cargos, entre outros.
A tecnologia é aliada da sua empresa para promover essas melhorias de forma sistêmica e neste artigo você vai entender o que é PDI e como fazer de forma eficiente.
O que é o PDI?
O PDI é um Plano de Desenvolvimento Individual. Ele é aplicado em empresas como método para estabelecer, acompanhar e desenvolver as competências de seus funcionários.
Como o termo indica, nada mais é do que um planejamento individual com objetivos pré-definidos, que devem ser cumpridos a curto, médio e longo prazo.
Como ele tem metas e prazos bem definidos, oferece uma trajetória de desenvolvimento que se tornou uma peça-chave para sistematizar o progresso individual nas organizações.
Se aplica tanto a funcionários, como futuros líderes, gestores e especialistas das empresas.
É um fator decisivo na evolução individual de cada colaborador, servindo de guia prático para desenvolver competências e habilidades.
Por que um PDI é importante para a empresa?
Para quem pretende desenvolver novas lideranças ou deseja promover o crescimento interno de profissionais, é fundamental elaborar este Plano de Desenvolvimento Individual.
Com ele, a empresa consegue direcionar a evolução dos colaboradores escolhidos para que eles possam desempenhar exatamente o que foi planejado e a função trabalhada no plano.
Dessa forma, são somadas novas características aos talentos identificados pela gestão de pessoas da empresa.
Os colaboradores conseguem enxergar suas capacidades, falhas e pontos fortes, trabalhando suas características de modo assertivo. Assim, todos ganham.
Enquanto a empresa forma um profissional competente para exercer uma função importante, o colaborador é valorizado, com um plano dedicado exclusivamente a ele, vendo-se como parte atuante do crescimento do negócio.
Além disso, o colaborador escolhido já é conhecido pela empresa e pela equipe, portanto, não há a necessidade de um período de adaptação às pessoas e à cultura do local.
Agora que você já sabe o que é PDI, como este plano impacta no seu negócio?
Dividimos alguns pontos fortes para traçar melhores contornos dos benefícios dessa ferramenta, veja só.
Identificar pontos fortes e fracos
Primeiro e mais importante, o plano trabalha com toda uma análise prévia de desempenho do profissional.
Essa é uma etapa anterior, mas complementar, e essencial para que a empresa conheça o colaborador e suas competências, bem como seus pontos de melhoramento.
Trata-se de um conhecimento qualificado, que permite um mergulho aprofundado no perfil do funcionário, entendendo suas aptidões e dificuldades.
Assim, fica muito mais fácil e intuitivo arquitetar seu desenvolvimento.
Estabelecer um plano de ação
O método de desenvolvimento é prático, portanto objetividade é a regra aqui.
Por isso, é uma ferramenta ideal para estabelecer um plano de ação assertivo que vá, realmente, impactar nas competências de cada profissional.
Desenvolvimento profissional
Com um plano sistematizado e bem estruturado, é possível arquitetar uma jornada de conhecimento para o colaborador.
Dessa forma, é mais fácil mapear seus avanços e, claro, seu nível de entrega para a empresa, atestando a eficácia do método.
Estimular o engajamento e motivação dos colaboradores
É importante entender o que é o PDI e suas as características, mas também compreender que não se trata de um plano parcial.
Ou seja, ele é definido pela empresa, mas especialmente de acordo com as aspirações de cada profissional. É um alinhamento que visa o benefício mútuo.
Sendo assim, o plano de desenvolvimento estabelece uma base muito confiável para que o profissional se destaque, motivando-o cada vez mais.
Além disso, o envolvimento no plano pode ser a faísca necessária para que o colaborador se engaje ainda mais nos processos, metas e objetivos da empresa.
Aumento da produtividade
Com o desenvolvimento pessoal e profissional do colaborador, um dos impactos mais esperados (e sentidos) é na produtividade.
Naturalmente, a qualidade de suas entregas tende a aumentar, pois seus conhecimentos são cada vez mais refinados.
Além disso, o plano auxilia na capacitação e treinamento do funcionário, o que o eleva a novos patamares na carreira na empresa, preparando-o para assumir novas responsabilidades.
Retenção de talentos
Um dos principais benefícios do plano de desenvolvimento é que permite ao profissional alinhar sua caminhada na empresa, potencializando seu crescimento, com seus objetivos e sonhos.
Com isso, suas aspirações profissionais podem ser contempladas, o que ajuda a reter talentos valiosos para sua operação.
Quais são as etapas do PDI?
Quer desenvolver um PDI para seus colaboradores? Ótimo, mas muita atenção: é necessário seguir alguns passos para estruturar o melhor plano.
Portanto, para elaborar um plano, é necessário saber quais são os objetivos, métodos de mapeamento, estratégias e definição de acompanhamento e feedbacks.
Estas são as bases para realizar um bom trabalho, que tal conhecer?
1. Alinhamento de objetivos
Antes de tudo, busque alinhamento com o colaborador (ou colaboradores) escolhidos.
Busque entender os objetivos dele ou dela, bem como o que planejam entregar para a empresa e qual o nível de dedicação que vão depositar nessa jornada.
É importante balizar esses direcionamentos com os objetivos organizacionais.
Assim, é possível entender se há um alinhamento de expectativas, o que é decisivo para um plano de sucesso.
2. Mapeamento de competências técnicas e comportamentais
Após isso, é preciso realizar um mapeamento completo das aptidões técnicas e comportamentais do(s) selecionado(s).
Aqui, os dados e toda inteligência de etapas complementares, como da avaliação de desempenho, podem ser muito úteis.
O objetivo é entender em qual patamar o profissional se encontra atualmente. E isso tanto no aspecto técnico como comportamental.
Ou seja, muito além dos conhecimentos práticos e teóricos, é preciso analisar aspectos relacionados à sua inteligência emocional, por exemplo. É um fator decisivo para quem busca uma promoção para um cargo de gestão.
3. Definição de estratégias
Com todos esses insumos em mãos, e entendendo questões corporativas como períodos preestabelecidos para desenvolvimento e orçamento para tal, é hora de definir as estratégias.
Quais ações seu plano vai adotar e sugerir ao colaborador? É preciso ter cuidado: nem todos possuem o mesmo perfil.
Há pessoas que aprendem melhor em um curso, outras com vivência prática. É uma questão de saber balancear para encontrar a melhor estratégia.
Por isso, não tenha receio de avaliar com o candidato ao plano de desenvolvimento individual sobre as opções e, junto dele e da gerência, chegar a opções viáveis.
4. Acompanhamento e feedbacks
Por fim, o PDI é um método que, em grande parte do tempo, é baseado em acompanhamento, então estar ao lado do profissional durante sua jornada de evolução é essencial.
E isso se dá tanto pelo apoio em questões mais simples, como uma base para que ele possa se reportar e tirar dúvidas, como também no papel de avaliador.
Por exemplo: o profissional está progredindo conforme os indicadores-chave de desempenho definidos? Ele está próximo de completar algum dos objetivos? Se vê resultados no dia a dia?
São questões que devem ser respondidas ao longo do tempo.
E claro, aqui entra o fator feedback. É necessário devolver e apresentar essas noções sobre o seu avanço profissional, seja de forma positiva ou mesmo mais crítica.
Afinal, é preciso prezar pelo investimento no negócio, mas também pelo capital intelectual da empresa — o próprio funcionário.
Qual o momento de implementar o PDI na sua empresa?
A implementação do plano de desenvolvimento individual não deveria ser um dilema: qualquer empresa, em qualquer momento, pode aplicar o método.
No entanto, é importante prestar atenção em algo além do timing; especificamente, na posição do seu colaborador.
Onde ele se encaixa na estrutura organizacional e como sua qualificação impactaria essa posição?
Caso a avaliação for positiva e a qualificação do mesmo refletir em resultados esperados, você tem em mãos um ótimo “alvo” para seu próximo PDI, o que é uma grande oportunidade.
Como elaborar um bom PDI
Um bom plano de desenvolvimento passa por processos de construção específicos, que são pautados nas necessidades que precisam ser aprimoradas para a evolução dos profissionais que passarão por ele.
Por isso, durante a elaboração é necessário indicar no PDI o que é essencial, como as características do colaborador, as metas individuais e da empresa, prazos, entre outros aspectos.
Além disso, é necessário enumerar as etapas, para que todo o planejamento seja executado da maneira correta e, assim, se tornar possível metrificar todo o processo.
Confira alguns passos para a elaboração de um modelo de PDI:
Defina objetivos
Quanto mais claros e mensuráveis são os objetivos, melhor serão para o sucesso do plano.
Por exemplo, se identificou que um funcionário tem as habilidades para ser um bom gestor do seu setor, crie um plano de carreira focado nessa meta.
Isso vai definir quais os cursos e treinamentos serão necessários para o profissional atingir o planejado.
Conheça o seu colaborador
Como o plano é individual, é necessário ter conhecimentos prévios sobre o profissional que terá o acompanhamento.
Além de conhecer as competências técnicas, é importante entender as suas soft skills.
Para posições de liderança, algumas características e aptidões serão essenciais para o sucesso do profissional na nova função.
Trace pontos a desenvolver e melhorar
Ao conhecer o profissional e metrificar os anseios da empresa, você saberá no PDI o que é necessário ser desenvolvido.
Os pontos de melhorias podem indicar alguns treinamentos específicos, cursos técnicos e até graduações, especialmente para posições de gestão mais alta.
A empresa pode contribuir para que o profissional tenha os meios de se desenvolver e assumir o cargo definido nos objetivos iniciais.
Estipule prazos
Para cada plano há um objetivo e um tempo para alcançá-lo; por isso, é importante que a jornada tenha “degraus”.
Por exemplo, para um funcionário chegar a um nível de gestão, pode levar mais tempo, porém, antes ele pode assumir funções de liderança como supervisão de uma equipe e ir subindo aos poucos.
Todas essas etapas precisam de prazos bem estabelecidos e formas de medir o desempenho.
Promova ações
Dentre os objetivos, algumas ações podem ser propostas para que o colaborador alcance as metas e desenvolva as aptidões desejadas pelo plano.
É importante que sejam medidas práticas para empregar imediatamente os conhecimentos adquiridos com aplicação em situações do dia a dia.
Calcule custos
Algumas ações exigem custos para implementação, por isso, avaliar o custo-benefício evita que gastos desnecessários sejam feitos.
Além disso, é possível conhecer os valores de cada plano de desenvolvimento individual.
Essa é uma etapa essencial na aplicação do PDI. No entanto, não deixe com que estimativas iniciais desviem o foco. O desenvolvimento individual pode ser extremamente lucrativo para sua empresa a longo prazo.
De acordo com a Business Training Experts, empresas que investem no treinamento de funcionários costumam apresentar margens de lucro 24% maiores que aquelas que não investem.
Ações para aprimorar o plano de desenvolvimento dos funcionários
Algumas ações podem fazer parte de um Plano de Desenvolvimento Individual. Elas são utilizadas para maximizar o processo, criando também outros parâmetros de progresso para cada profissional. Confira:
- Treinamentos e cursos: são ótimas opções para desenvolver e aprimorar habilidades práticas, técnicas e teóricas do colaborador. Podem ter duração curta, média ou longa, a depender das funções e responsabilidades do cargo;
- Leitura: essencial para ampliar o conhecimento do colaborador sobre algum tópico. Normalmente, é recomendada em casos isolados, como aprender alguma metodologia específica, como design thinking, por exemplo;
- Vídeos: podem ser acessados direto de uma fonte gratuita, como o YouTube, que possui uma vasta seleção de conteúdos de todos os tipos, ou pode-se investir em plataformas de vídeo aulas específicas para suas necessidades;
- Palestras e seminários: essas abordagens com pessoas de referência no segmento, apresentando cases de sucesso, podem ser muito eficazes. O envolvimento do colaborador com profissionais de destaque pode servir de combustível para seu desenvolvimento;
- Coaching e mentoring: é um trabalho mais pessoal, intimista e incisivo, ideal para desenvolver algumas competências novas no colaborador;
- Job rotation: o colaborador passa por diversas áreas da empresa durante um período para entender os procedimentos e demandas do negócio. É uma alternativa menos custosa e extremamente prática, pois possibilita ao colaborador o entendimento real de cada setor;
- Benchmarking: atividades que agregam novos conhecimentos sobre assuntos críticos da empresa ou da área. Mais comum nas áreas de produto ou marketing, pode ser incorporada na estratégia de PDI, o que é uma ótima ação de aprimoramento do plano.
Exemplo de um bom PDI
Vamos imaginar o seguinte cenário:
Bruno trabalha no setor comercial da empresa A e, mesmo com pouco tempo de casa, já se mostrou um vendedor muito eficiente, inclusive ajudando outros colegas a melhorar seus números.
Os gestores junto ao RH notaram que Bruno tem um perfil muito proativo e já incorpora técnicas de inbound marketing no seu dia a dia, o que o ajuda a ter bons resultados em vendas.
Com o crescimento da empresa, é necessário a contratação no setor comercial, e Bruno é visto pela liderança como a pessoa certa para treinar os novos integrantes.
Bruno vai muito bem nos treinamentos, se mostrando na prática um líder nato. Então, a gestão junto ao RH entende que um Plano de Desenvolvimento para ele será benéfico para empresa.
Assim, com plano em curso, Bruno passa a assumir o recém-criado cargo de supervisor comercial e, com alguns cursos específicos, poderá ser um gestor comercial à medida que a empresa for crescendo.
Sendo assim, o RH estudou seu perfil e criou o seguinte PDI:
PDI – GESTÃO DE PESSOAS PARA O SETOR DE PROJETOS
Competência Desejada: Liderança, Gestão de Pessoas e de Conflitos.
Prazo: 1 ano.
Ação de Desenvolvimento | Recursos e Observações | Indicador de Sucesso |
Curso “Como ser um Líder no Setor Comercial” | R$ 1.500,00 por inscrição + Deslocamento até São Paulo | Certificado do curso |
Palestra sobre Gestão de Vendas | Inscrição gratuita até 15/03 | Presença e participação na palestra |
Leitura “SPIN Selling – Alcançando a Excelência em Vendas” de Neil Rackham | R$ 40,00 – Considerar comprar mais cópias e entregar a outros vendedores chave a equipe | Apresentação para diretoria e RH sobre o tema e insights e como aplicá-los na equipe comercial |
Viu só? Criar o plano é a parte mais fácil, mas também super enriquecedora.
A partir daí, o que você precisa fazer é aprovar o PDI, o que é precedido do acompanhamento dos resultados e o desenvolvimento dos conhecimentos.
Os desafios do PDI e como aliar a tecnologia para sua realização
Sem dúvidas, um dos principais desafios ao aplicar o Plano de Desenvolvimento Pessoal é acompanhar a sua evolução.
Definir metas realistas, manter o colaborador motivado e, principalmente, monitorar as ações realizadas por ele (assim como oferecer um feedback contínuo), são passos essenciais, mas que podem ser complexos em meio a rotina da empresa.
Afinal, é um processo que requer atenção do responsável do RH; o que se traduz em horas do seu dia. O tempo gasto nessas atividades poderia ser investido em ações mais estratégicas para o desenvolvimento da equipe e do negócio de maneira geral.
Felizmente, existe uma solução para esse problema.
Ao contar com uma ferramenta de RH completa, que possua recursos para apoiar ações de desenvolvimento, você avança vários passos na estratégia.
É o caso da Feedz by TOTVS.
A TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, apresenta uma suíte de ferramentas que melhora os processos de gestão da empresa.
Em específico, o TOTVS RH Desempenho e Objetivos (OKR) Performance e Metas possui um módulo de desempenho. Com usabilidade simples, permite mais autonomia na criação de objetivos.
Como?
Permitindo que os próprios colaboradores criem planos de ação específicos voltados para que os objetivos estratégicos sejam atingidos
Conheça mais sobre o Feedz by TOTVS.
Conclusão
Neste artigo você aprendeu o que é PDI, um método e uma ferramenta que deve estar presente no planejamento de qualquer empresa de sucesso.
Trata-se de um elemento-chave para o desenvolvimento profissional da equipe, o que reflete nas taxas de produtividade e também nos resultados.
Portanto, não deixe de adotar o PDI em seu RH e, especialmente, comece a olhar com mais carinho para as vantagens da qualificação de profissionais.
Os benefícios podem ser incríveis!
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